Notícia
Presidente israelita adia visita a Portugal prevista para início de novembro
O grupo islamita Hamas lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
22 de Outubro de 2023 às 16:33
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, adiou uma visita a Portugal que estava prevista para o início de novembro, informou este domingo o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa.
De acordo com uma nota divulgada na página oficial de Belém, "o Presidente da República falou esta manhã ao telefone com o seu congénere israelita, Isaac Herzog, a pedido deste".
"O Presidente de Israel queria explicar o adiamento da visita a Portugal (que estava prevista para início de novembro), bem como informar o Presidente português da posição do seu país sobre a situação atual", refere a nota.
De acordo com o mesmo texto, o Presidente de Israel "agradeceu a condenação imediata dos ataques terroristas por Portugal".
"Marcelo Rebelo de Sousa falou da posição portuguesa, no quadro dos valores e princípios internacionais e constitucionais. Foi naturalmente considerada a relevância das vidas humanas envolvidas", acrescenta o texto.
Na semana passada, durante a sua visita de Estado à Bélgica, o Presidente da República considerou que Portugal "tem sido claro na condenação que houve do ataque terrorista do Hamas" de 7 de outubro em território israelita, defendendo o "direito legítimo de resposta de Israel em relação ao Hamas", mas separando este grupo islamita do "povo palestiniano como um todo" e condenando "condutas e comportamentos que ao atingir vítimas civis inocentes são obviamente deploráveis".
"Foi claro, como foi a União Europeia, quando disse que há resoluções das Nações Unidas quanto a dois Estados [de Israel e da Palestina]. Elas estão de pé", acrescentou então Marcelo Rebelo de Sousa.
O grupo islamita Hamas lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
Em janeiro de 2020, Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se a Israel para participar no 5.º Fórum Mundial do Holocausto, em Jerusalém, e chegou a planear uma troca de visitas de Estado com o seu homólogo israelita, na altura Reuven Rivlin.
Nessa ocasião, o chefe de Estado português manifestou vontade de regressar a Israel para a inauguração da praça Aristides de Sousa Mendes e anunciou ter convidado o seu homólogo Israelita "a visitar Portugal, se possível até ao fim do ano" de 2020, o que não se concretizou.
Reuven Rivlin foi substituído no cargo de Presidente de Israel em julho de 2021 por Isaac Herzog.
De acordo com uma nota divulgada na página oficial de Belém, "o Presidente da República falou esta manhã ao telefone com o seu congénere israelita, Isaac Herzog, a pedido deste".
De acordo com o mesmo texto, o Presidente de Israel "agradeceu a condenação imediata dos ataques terroristas por Portugal".
"Marcelo Rebelo de Sousa falou da posição portuguesa, no quadro dos valores e princípios internacionais e constitucionais. Foi naturalmente considerada a relevância das vidas humanas envolvidas", acrescenta o texto.
Na semana passada, durante a sua visita de Estado à Bélgica, o Presidente da República considerou que Portugal "tem sido claro na condenação que houve do ataque terrorista do Hamas" de 7 de outubro em território israelita, defendendo o "direito legítimo de resposta de Israel em relação ao Hamas", mas separando este grupo islamita do "povo palestiniano como um todo" e condenando "condutas e comportamentos que ao atingir vítimas civis inocentes são obviamente deploráveis".
"Foi claro, como foi a União Europeia, quando disse que há resoluções das Nações Unidas quanto a dois Estados [de Israel e da Palestina]. Elas estão de pé", acrescentou então Marcelo Rebelo de Sousa.
O grupo islamita Hamas lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
Em janeiro de 2020, Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se a Israel para participar no 5.º Fórum Mundial do Holocausto, em Jerusalém, e chegou a planear uma troca de visitas de Estado com o seu homólogo israelita, na altura Reuven Rivlin.
Nessa ocasião, o chefe de Estado português manifestou vontade de regressar a Israel para a inauguração da praça Aristides de Sousa Mendes e anunciou ter convidado o seu homólogo Israelita "a visitar Portugal, se possível até ao fim do ano" de 2020, o que não se concretizou.
Reuven Rivlin foi substituído no cargo de Presidente de Israel em julho de 2021 por Isaac Herzog.