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Pelo menos 10 mortos em explosão no centro de Istambul
Pelo menos 10 pessoas morreram e muitas ficaram feridas após uma explosão, de origem desconhecida, na praça de Sultanahmet, no centro histórico de Istambul, perto da basílica Sainte-Sophie e da Mesquita azul, avança a imprensa turca.
Ainda não sendo conhecida a causa da explosão, um testemunho avançado pela emissora turca nacional assegura que "parecia tratar-se de um atentado suicida, muito próximo do obelisco egípcio na Esplanada da Mesquita".
A detonação, violenta, foi ouvida e sentida pelas 10:18 locais (menos duas em Lisboa) na praça Taksim, a vários quilómetros de distância de Sultanahemet, confirmou à agência de notícias francesa AFP uma testemunha que se encontrava naquele local.
Várias ambulâncias e a polícia chegaram rapidamente ao local onde se deu a explosão, segundo as imagens que os canais de televisão turcos estão já a transmitir.
As explosões mataram pelo menos 10 pessoas e feriram 15, confirmou já um autarca local, segundo o qual estão entre as vítimas turistas alemães e noruegueses. O presidente turco, Erdogan, já admitiu que as explosões poderão ter sido provocadas por um atentado de um bombista-suicida sírio.
A zona foi isolada pela polícia, tendo o trânsito nas ruas adjacentes sido cortado como medida de precaução, acrescenta a cadeia televisiva CNN-Turquia.
A Turquia vive há vários meses em estado de alerta depois do duplo atentado suicida que fez 103 mortos, em Outubro passado, à frente da estação de comboios central de Ancara.
O duplo atentado aconteceu cerca de três semanas antes das eleições legislativas antecipadas turcas (agendadas para 1 de Novembro), tendo o Governo decidido decretar três dias de luto nacional.
Em Istambul, pelo menos 10 mil pessoas foram a 10 de Outubro para as ruas para contestar e atribuir responsabilidades pelo atentado ao Governo turco, exibindo uma grande faixa com a frase "Conhecemos os assassinos" e apupando o Presidente islâmico-conservador turco, Recep Tayyip Erdogan, e o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), no poder desde 2002, segundo o testemunho de um repórter fotográfico da agência noticiosa AFP.
(Título corrigido. As explosões foram, como se diz no texto, em Istambul e não em Ancara. Notícia actualizada às 11:38 com mais informações)