Notícia
Oito candidatos na corrida para suceder Roberto Azevedo na liderança da OMC
A Organização Mundial do Comércio (OMC) tem oito candidatos ao cargo de líder da instituição, que está a ser fortemente criticada por Washington e que enfrenta um enorme desafio na sequência da crise económica decorrente da pandemia.
08 de Julho de 2020 às 20:02
O antigo ministro da Economia e do Planeamento da Arábia Saudita Mohammed al-Tuwaijri e o antigo ministro do Comércio Exterior britânico Liam Fox -- que é apoiado pelo atual primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson -, apresentaram as candidaturas pouco antes do final do prazo (16:00 GMT), dá conta a agência France-Presse (AFP).
A ex-ministra do Desporto do Quénia Amina Mohamed que já tinha presidido os três órgãos mais importante da OMC, também se apresentou como candidata à liderança desta instituição.
A antiga ministra da Finanças da Nigéria Ngozi Okonjo-Iweala, o mexicano Jesús Seade e o egípcio Abdel-Hamid Mandou foram os primeiros três candidatos para suceder o atual diretor-geral, o brasileiro Roberto Azevedo, que vai deixar o cargo em 31 de agosto.
O moldovo Tudor Ulianovschi e a coreana Yoo Myung-hee também estão na corrida para a liderança da organização.
A candidatura da antiga ministra das Finanças nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala à OMC está a mobilizar o apoio do continente para aquela que poderá ser a primeira liderança africana da instituição.
Ngozi Okonjo-Iweala, que atualmente preside ao conselho da Aliança Global para as Vacinas e Imunização (GAVI), recolheu já o apoio oficial da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e fontes diplomáticas, citadas pela imprensa africana, acreditam que irá recolher o apoio oficial da União Africana.
A candidatura, descrita por um delegado da OMC à agência Reuters, como sendo "certamente a favorita", ganhou força depois de Phil Hogan, da Comissão Europeia de Comércio, ter desistido de concorrer ao lugar.
A economista nigeriana, de 66 anos, é também bem vista pela China e pelos Estados Unidos.
O OMC lançou em junho o processo de seleção de um novo diretor-geral, depois de o atual, o brasileiro Roberto Azevedo, ter decidido deixar o cargo em finais de agosto, um ano antes do final do mandato.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) endossou oficialmente a candidatura de Ngozi Okonjo-Iweala em finais de junho, numa declaração oficial assinada pelo presidente em exercício da organização, o chefe de Estado do Níger, Mahamadou Issoufou, que pediu o apoio de outros países africanos e não africanos para a candidatura.
Em plena crise económica provocada pela pandemia, o próximo líder da OMC terá vários projetos de grande envergadura: preparar a conferência ministerial de 2021, impulsionar as negociações que, de momento, estão paralisadas a nível global e, acima de tudo, tentar alcançar um diálogo com os Estados Unidos.
O executivo chefiado pelo republicano Donald Trump ameaçou abandonar a OMC, descrevendo a organização como "uma bagunça" e exigindo a retirada da China da lista de países em desenvolvimento, por considerar que Washington está a receber um tratamento injusto no que diz respeito ao comércio global.
Os 164 elementos da OMC terão de encontrar o sucessor de Azevedo em três meses. Cada candidato será ouvido entre 15 e 17 de julho pelo Conselho Geral da OMC, o maior órgão para a tomada de decisões, e serão gradualmente eliminados.
Apesar de o sufrágio poder ser um dos recursos para a eleição, este mecanismo nunca foi utilizado para escolher o novo diretor-geral da instituição.
A ex-ministra do Desporto do Quénia Amina Mohamed que já tinha presidido os três órgãos mais importante da OMC, também se apresentou como candidata à liderança desta instituição.
O moldovo Tudor Ulianovschi e a coreana Yoo Myung-hee também estão na corrida para a liderança da organização.
A candidatura da antiga ministra das Finanças nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala à OMC está a mobilizar o apoio do continente para aquela que poderá ser a primeira liderança africana da instituição.
Ngozi Okonjo-Iweala, que atualmente preside ao conselho da Aliança Global para as Vacinas e Imunização (GAVI), recolheu já o apoio oficial da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e fontes diplomáticas, citadas pela imprensa africana, acreditam que irá recolher o apoio oficial da União Africana.
A candidatura, descrita por um delegado da OMC à agência Reuters, como sendo "certamente a favorita", ganhou força depois de Phil Hogan, da Comissão Europeia de Comércio, ter desistido de concorrer ao lugar.
A economista nigeriana, de 66 anos, é também bem vista pela China e pelos Estados Unidos.
O OMC lançou em junho o processo de seleção de um novo diretor-geral, depois de o atual, o brasileiro Roberto Azevedo, ter decidido deixar o cargo em finais de agosto, um ano antes do final do mandato.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) endossou oficialmente a candidatura de Ngozi Okonjo-Iweala em finais de junho, numa declaração oficial assinada pelo presidente em exercício da organização, o chefe de Estado do Níger, Mahamadou Issoufou, que pediu o apoio de outros países africanos e não africanos para a candidatura.
Em plena crise económica provocada pela pandemia, o próximo líder da OMC terá vários projetos de grande envergadura: preparar a conferência ministerial de 2021, impulsionar as negociações que, de momento, estão paralisadas a nível global e, acima de tudo, tentar alcançar um diálogo com os Estados Unidos.
O executivo chefiado pelo republicano Donald Trump ameaçou abandonar a OMC, descrevendo a organização como "uma bagunça" e exigindo a retirada da China da lista de países em desenvolvimento, por considerar que Washington está a receber um tratamento injusto no que diz respeito ao comércio global.
Os 164 elementos da OMC terão de encontrar o sucessor de Azevedo em três meses. Cada candidato será ouvido entre 15 e 17 de julho pelo Conselho Geral da OMC, o maior órgão para a tomada de decisões, e serão gradualmente eliminados.
Apesar de o sufrágio poder ser um dos recursos para a eleição, este mecanismo nunca foi utilizado para escolher o novo diretor-geral da instituição.