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Obama recebe perto de meio milhão para discursar numa conferência de saúde
O ex-presidente dos Estados Unidos vai receber 400 mil dólares para falar numa conferência de saúde organizada pelo banco de investimento Cantor Fitzgerald.
Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos, vai receber 400 mil dólares (367,2 mil euros) para fazer uma intervenção numa conferência de saúde promovida pelo banco de investimento norte-americano Cantor Fitzgerald.
Depois de abandonar a Casa Branca, em Janeiro, Obama disse que iria aproveitar os primeiros meses pós-presidência para descansar. Agora, de regresso ao activo, Obama vai discursar num evento organizado por uma instituição financeira de Wall Street, um sector fortemente criticado pelo então presidente que, chegado à Casa Branca na ressaca da crise financeira desencadeada pela falência do Lehman Brothers, reforçou as regulamentações aplicadas à banca.
A semana passada marcou o regresso de Obama ao espaço público, durante um conferência da Universidade de Chicago – foi senador pelo Illinois – em que o ex-presidente assumiu que no futuro não deixará de apoiar uma nova geração de líderes políticos para os Estados Unidos.
O valor que será pago a Barack Obama quase duplica os honorários recebidos por Hillary Clinton, candidata democrata derrotada nas presidenciais de Novembro último, em discursos feitos em eventos promovidos pelo Goldman Sachs. Esta ligação de Clinton a Wall Street foi aproveitada por Donald Trump que lhe dirigiu acusações de estar a mando do sector financeiro.
O quase meio milhão de dólares que Obama receberá por este discurso define de certa forma a fasquia do que o antigo presidente irá doravante auferir em intervenções em conferências, uma área de actuação utilizada por vários ex-líderes para seguirem a sua actividade profissional após o abandono de cargos públicos.
De acordo com o Guardian, nem Obama ou conselheiros próximos, nem o Cantor Fitzgerald, fizeram quaisquer comentários acerca de uma colaboração do ex-presidente que está a suscitar várias críticas. Este jornal britânico recorda que o "chairman" e CEO do Castor Fitzgerald, Howard Lutnick, apoiou Jeb Bush nas primárias republicanas das quais Donald Trump saiu como candidato oficial do partido à presidência dos EUA.
Obama e a sua mulher, Michelle Obama, começaram a "facturar" logo depois de fechado o capítulo Casa Branca, tendo ambos sido pagos 60 milhões de dólares (55,1 milhões de euros) para escreverem um livro de memórias sobre os oito anos passado como presidente e primeira-dama.