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Nova Zelândia vai proibir venda de casas construídas a estrangeiros em 2018

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou hoje que vai ser proibida a venda de casas já construídas a estrangeiros no início do próximo ano, de modo a travar o aumento dos preços da habitação.

8º Nova Zelândia
31 de Outubro de 2017 às 08:38
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O anúncio foi feito em conferência de imprensa após um reunião do seu gabinete, que prestou juramento na quinta-feira após eleições em que a sua formação, o Partido Trabalhista, fez campanha contra a especulação imobiliária estrangeira.

 

Segundo Ardern, o objectivo da medida, partilhado pelos parceiros de coligação, New Zealand First e Verdes, é evitar que especuladores estrangeiros comprem imóveis existentes no país e tornar a compra de casa mais acessível para os neozelandeses.

 

"Mantemo-nos firmemente a favor de que [o acesso a uma] casa é um direito", afirmou a primeira-ministra.

 

Jacinda Ardern afirmou que entre o Natal e o final do ano espera aprovar a legislação necessária para alterar a lei de investimento estrangeiro para que a habitação passe a ser qualificada como "sensível".

 

Segundo a dirigente, a medida irá proibir a aquisição de casas já construídas a quem não tem cidadania neozelandesa ou residência no país, à excepção dos cidadãos australianos, dado que os neozelandeses também podem comprar propriedades na Austrália.

 

A proibição não irá afectar a venda de terrenos em zona residencial para a construção de casas nem a compra de fracções em planta. Os actuais proprietários estrangeiros também não sofrerão qualquer impacto com a medida.

 

Ardern também garantiu que a medida não vai beliscar uma série de tratados bilaterais de comércio livre nem o Acordo Transpacífico (TTP, na sigla em inglês) se as mudanças forem aprovadas antes da ratificação do acordo multilateral após a saída dos Estados Unidos do pacto.

 

A habitação constitui um dos focos do debate político na Nova Zelândia face à escalada dos preços que, nos últimos anos, quase duplicaram em lugares como Auckland, a quarta cidade menos acessível do mundo, segundo a consultora especializada Dempographia.

 

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