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Moscovo e Washington acordam reforço de cooperação

Os representantes diplomáticos da Rússia e dos Estados Unidos, a que se juntou ainda o presidente russo Putin, decidiram incrementar o alinhamento de posições entre os dois países no que concerne aos principais desafios que actualmente se colocam perante a comunidade internacional.

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Will We See a Thaw in U.S., Russia Relations?
12 de Maio de 2015 às 21:21
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O encontro diplomático de alto nível entre John Kerry, secretário de Estado norte-americano, o seu homólogo russo Sergey Lavrov e o presidente Vladimir Putin, não permitiu obter resultados concretos. As longas horas em que ontem se prolongaram as negociações que tiveram lugar em Sochi, no sul da Rússia, serviram para a Rússia e os Estados Unidos acordarem um compromisso para o reforço da cooperação, especialmente em temas quentes como a crise na Ucrânia, o programa nuclear iraniano, a situação na Líbia e na Síria e ainda o combate ao ISIS (Estado Islâmico do Iraque e do Levante).

 

Lavrov destacou que após este encontro ficou claro que "é absolutamente necessário evitar actos que possam prejudicar ainda mais as relações entre a Rússia e os Estados Unidos". Já John Kerry, depois de destacar a "capacidade para fazer a diferença" quando estes países trabalham em conjunto, teve ainda a oportunidade de comunicar que os Estados Unidos irão levantar as sanções económicas, aplicadas a Moscovo, logo que os acordos de paz assinados em Minsk estejam totalmente implementados no terreno.

 

Numa aproximação às exigências russas, Kerry disse que os dois países coincidem ao considerar "necessário" promover eleições na região do Donbass, no leste da Ucrânia, para garantir a "descentralização para aquela região". Por fim, foi pedido a Kiev para encetar negociações directas com os separatistas pró-russos.

 

Mas a cooperação entre os dois Estados deve desenrolar-se de acordo com uma lógica de igualdade. De acordo com o comunicado divulgado pelo ministério dos Estrangeiros russo após a conclusão das conversações, o Kremlin mostra-se disponível para cooperar com Washington desde que numa base "sem tentativas de imposições e coerção".

 

A imposição do Kremlin está perfeitamente em linha com o discurso proferido por Putin no passado sábado, em plena Praça Vermelha, no âmbito das comemorações dos 70 anos da derrota nazi na Segunda Guerra, em que o governante russo criticou aqueles "que pretendem constituir um mundo unipolar". Uma mensagem claramente enviada para Washington. 

 

Para além da Ucrânia, Kerry e Lavrov acordaram também em conjugar esforços para "derrotar o ISIL", bem como para se manterem "alinhados" nas negociações em curso sobre o programa nuclear iraniano, tradicional aliado russo no Médio Oriente. 

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