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Moscovo volta à carga e anuncia expulsão de mais 59 diplomatas
Os embaixadores dos países que tomaram medidas contra Moscovo foram chamados ao Kremlin para conhecer a resposta da Rússia.
Um dia depois de ter decretado a expulsão de 60 diplomatas americanos e o encerramento do consulado dos Estados Unidos em São Petersburgo, a Rússia voltou à carga com o anúncio de que vai expulsar do país 59 diplomatas de 23 países.
Moscovo dá assim seguimento à sua resposta à expulsão de diplomatas russos de países ocidentais, devido ao caso do antigo espião Sergei Skripal e da sua filha Yulia que foram envenenados no Reino Unido.
Esta sexta-feira, a Rússia decidiu que terão de voltar aos seus países 59 membros do corpo diplomático de vários países incluindo dois de Espanha, dois da Holanda, dois de Itália, um da Finlândia, quatro da Polónia, quatro da Alemanha e um da Suécia, todos eles considerados por Moscovo "persona non grata".
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido terá que reduzir o seu corpo diplomático em Moscovo no prazo de um mês.
As expulsões foram comunicados aos embaixadores dos respectivos países, que foram chamados ao Kremlin esta sexta-feira, 30 de Março. De acordo com a imprensa internacional foram comunicadas as decisões a 23 embaixadores.
"Em 30 de Março, os chefes das missões diplomáticas de vários países acreditados na Federação Russa, que tomaram acções não amigáveis contra a Rússia 'em solidariedade' com o Reino Unido no caso Skripal foram convocados ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia", lê-se numa nota de imprensa colocada no site do MNE russo.
"Os embaixadores vão receber notas de protesto e serão informados sobre as medidas recíprocas", acrescenta o comunicado consultado pela Lusa.
A convocação dos embaixadores surgiu no mesmo dia em que o Kremlin garantiu que não foi a Rússia a iniciar uma guerra diplomática. A sua resposta já era aliás esperada, depois de pelo menos 26 países terem agido de forma coordenada contra o país, por o considerarem responsável pelo ataque contra Skirpal no passado dia 4 de Março. O Kremlin chamou-lhe "chantagem colossal" e avisou que iria retaliar.
(Notícia actualizada às 20:34)