Notícia
Moody's: Taxa de países em 'default' em 2017 foi quatro vezes superior à média desde 1983
República do Congo, Moçambique, Venezuela e Belize foram os países que causaram uma subida da média de incumprimentos em 2017.
06 de Agosto de 2018 às 10:25
O número de países em incumprimento financeiro ('default') no ano passado, entre os quais Moçambique, foi quatro vezes superior à média registada desde 1983, disse esta segunda-feira, 6 de Agosto, a agência de notação financeira Moody's.
"Quatro governos entraram em incumprimento financeiro em 2017, representando 15,2 mil milhões de dólares de dívida", escreveram os analistas da agência de 'rating', precisando que a República do Congo, Moçambique, Venezuela e Belize foram os países que causaram uma subida da média de 'defaults' para 3,1% no ano passado, "quatro vezes mais que a média anual de incumprimentos entre 1983 e 2017".
Os incumprimentos foram causados "pela materialização do aperto nas condições financeiras nas balanças de pagamento soberanas, aumento da dívida pública e dificuldades na balança de pagamentos como resultado de uma descida dramática do preço dos petróleo entre 2014 e 2016, e por riscos políticos específicos dos países", escreveu Elena Duggar, uma directora da Moody's, numa nota a que a Lusa teve acesso.
Para este e o próximo ano, a Moody's antecipa que os principais factores de risco na avaliação dos créditos soberanos estarão ligados "ao crescimento global, restrições nas condições financeiras globais e crescimento dos riscos políticos", salientando que "a maior percentagem de Perspectivas de Evolução Positivas e Estáveis em meados de 2018 reflecte a melhoria na análise dos riscos de crédito".
No entanto, vincaram, "a sustentabilidade da dívida deteriorou-se fortemente nalguns países no fundo da escala de 'rating'".
A Moody's antecipa que "o crescimento mundial vá abrandar no final de 2018 e em 2019 à medida que as economias mais avançadas se aproximam do pleno emprego, que os custos de financiamento aumentam e que as condições de crédito se restringem", concluiu Elena Duggar.
"Quatro governos entraram em incumprimento financeiro em 2017, representando 15,2 mil milhões de dólares de dívida", escreveram os analistas da agência de 'rating', precisando que a República do Congo, Moçambique, Venezuela e Belize foram os países que causaram uma subida da média de 'defaults' para 3,1% no ano passado, "quatro vezes mais que a média anual de incumprimentos entre 1983 e 2017".
Para este e o próximo ano, a Moody's antecipa que os principais factores de risco na avaliação dos créditos soberanos estarão ligados "ao crescimento global, restrições nas condições financeiras globais e crescimento dos riscos políticos", salientando que "a maior percentagem de Perspectivas de Evolução Positivas e Estáveis em meados de 2018 reflecte a melhoria na análise dos riscos de crédito".
No entanto, vincaram, "a sustentabilidade da dívida deteriorou-se fortemente nalguns países no fundo da escala de 'rating'".
A Moody's antecipa que "o crescimento mundial vá abrandar no final de 2018 e em 2019 à medida que as economias mais avançadas se aproximam do pleno emprego, que os custos de financiamento aumentam e que as condições de crédito se restringem", concluiu Elena Duggar.