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Lula lidera em todos os cenários numa sondagem para as presidenciais
O ex-presidente brasileiro surge com o maior número de intenções de voto em todos os cenários considerados na sondagem CNT/MDA citada pelo jornal Estadão. Lula da Silva foi condenado em Julho a nove anos e meio de prisão por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Se as presidenciais brasileiras agendadas para o próximo ano fossem agora o ex-presidente Lula da Silva, do PT, seria reeleito para um terceiro mandato como presidente do Brasil. É este o resultado de uma sondagem da CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, 19 de Setembro, e citada pelo jornal brasileiro Estadão.
Já o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) surge na segunda posição. Tanto Lula como Bolsonaro aparecem em primeiro e segundo, respectivamente, em todos os cenários considerados pelo citado estudo de opinião.
Num cenário de espontaneidade Lula da Silva garante 20,2% das intenções de voto, o que representa uma clara melhoria face aos 16,6% registados na sondagem CNT/MDA realizada em Fevereiro último. Também Bolsonaro sobe conseguindo 10,9% face aos 6,5% de Fevereiro, enquanto o presidente da câmara de São Paulo, João Doria, do PSDB, surge em terceiro com 2,4%, acima dos 0,3% que obtidos em Fevereiro.
Apontada como potencial sucessora do agora presidente Michel Temer, a antiga senadora Marina Silva (da Rede) não vai além dos 1,5% nas intenções de voto espontâneas.
No que diz respeito ao cenário em que são apresentados aos inquiridos os nomes dos potenciais candidatos presidenciais, uma vez mais é o antigo presidente brasileiro quem lidera contra três putativos candidatos (Aécio Neves do PSDB, Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, e João Doria).
O resultados desta sondagem surgem depois de na semana passada Lula da Silva ter prestado um novo depoimento ao juiz federal responsável pela operação Lava Jato, Sergio Moro, que em Julho deste ano condenou o antigo líder do PT a nove anos e meio por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Há já quase duas semanas, Antonio Palocci, ex-ministro e homem de confiança de Lula, fez um depoimento no âmbito da figura legal da delação premiada – com o objectivo de reduzir a pena de 12 anos de prisão a que foi condenado - em que garantiu que os governos do PT liderados por PT mantinham grande proximidade com a construtora Odebrecht numa relação "movida a corrupção".