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Lula da Silva constituído arguido pela terceira vez no Brasil
O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva foi constituído arguido num processo que investiga alegados benefícios indevidos que teria recebido das empreiteiras OAS e Odebrecht.
Esta é a terceira vez que o ex-presidente brasileiro é constituído arguido em processos baseados em investigações dos esquemas de corrupção na Petrobras e em outros órgãos públicos do país.
Lula da Silva foi acusado de ter cometido os crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais num processo relacionado com uma quinta localizada na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo.
Segundo o Ministério Público, o ex-presidente é dono da quinta e terá recebido benefícios indevidos da OAS e da Odebrecht em obras que foram feitas naquele imóvel.
A acusação indica que as obras, no valor de cerca de um milhão e reais (270 mil euros), foram pagas com dinheiro desviado de contactos da Petrobras "superfacturados" [que recebiam subornos] pela OAS e pela Odebrecht.
O ex-chefe de Estado também terá, segundo a acusação, actuado para beneficiar as empresas na adjudicação de pelo menos seis contratos que firmaram com a Petrobras.
Lula da Silva sempre negou as acusações e disse inúmeras vezes que não é dono do imóvel, que está em nome de sócios de um dos seus filhos.
Além do ex-presidente, foram constituídos arguidos neste processo os executivos Emílio Odebrecht, Marcelo Odebrecht, Alexandrino Alencar, Carlos Paschoal, Emyr Costa, Leo Pinheiro, Agenor Franklin Medeiros e Paulo Gordilho.
Foram igualmente constituídos arguidos o agricultor José Carlos Bumlai, que foi acusado de pagar o início das reformas, o ex-funcionário da presidência Rogério Aurélio Pimentel, o advogado Roberto Teixeira e o proprietário da quinta Fernando Bittar.