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Legislação sobre Hong Kong deve chegar hoje a Trump e ser aprovada
A legislação que pode vir a fragilizar (ainda mais) as relações entre os Estados Unidos e a China deverá ser aprovada, esta quinta-feira, por Donald Trump.
Donald Trump deverá aprovar a legislação que foi votada unanimemente pelo senado e que se debruça sobre os protestos em Hong Kong. Esta iniciativa já foi criticada pela China e espera-se que a luz verde da parte de Trump venha azedar as relações entre os dois países num momento-chave das negociações comerciais.
O presidente dos Estados Unidos da América deverá receber, já esta quinta-feira, 21 de novembro, a legislação que foi aprovada na terça-feira pelo Senado dos Estados Unidos acerca dos protestos em Hong Kong. No entretanto, o texto já passou pela Casa dos Representantes, que teria a sua própria versão do documento, mas que aprovou com rapidez a redação enviada pelos congressistas.
De acordo com uma fonte próxima do processo, citada pela Bloomberg, o líder da Casa Branca prepara-se para assinar a última aprovação necessária antes de a legislação ser efetivada.
O Senado norte-americano aprovou, com unanimidade, o "Ato de Democracia e Direitos Humanos de Hong Kong", uma legislação que pode alterar a relação dos Estados Unidos com esta região administrativa da China, numa altura em que escala a violência dos recentes protestos.
Conforme o texto aprovado, o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo teria de certificar, pelo menos uma vez por ano, que Hong Kong tem o grau de autonomia suficiente em relação à China para justificar o estatuto especial de que beneficia atualmente como parceiro comercial dos Estados Unidos. Este estatuto permite a Hong Kong um tratamento diferente daquele que é dado à China e é importante para a reputação como um centro financeiro de relevo mundial.
A China reagiu horas depois de o Senado ter aprovado a referida legislação, afirmando que "condena fortemente e opõe-se firmemente" à interferência dos Estados Unidos nesta matéria. De acordo com a Bloomberg, Pequim ameaçou retaliar, sem especificar de que forma.
Esta é uma questão fraturante sobretudo numa altura em que a China e os Estados Unidos estão a discutir um acordo parcial que permita reduzir as diferenças comerciais e chegar, posteriormente, a um entendimento mais abrangente que resolva as divergências e permita acabar com as tarifas aduaneiras que têm sido impostas de parte a parte e que têm sido responsáveis por um abrandamento da economia mundial, além do impacto nestas nações.