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Exército do Irão confirma ataque de drones

Alguns meios de comunicação norte-americanos avançam que foram ouvidas explosões no centro do Irão. Exército do Irão confirmou ataque de drones mas não deu detalhes. Autoridades israelitas ainda não confirmaram o ataque.

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Negócios com Lusa 19 de Abril de 2024 às 08:23
Israel já terá respondido ao ataque do Irão do último sábado. Meios de comunicação social norte-americanos estão a avançar que foram ouvidas "fortes explosões" na província iraniana de Isfahan, onde existem infraestruturas de energia nuclear. O ataque ainda não foi confirmado pelas forças militares de Israel e, até ao momento, não terão sido registados danos maiores ou vítimas.

Fonte oficial da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) já confirmou através das redes sociais que não há danos nas instalações nucleares. No entanto, segundo o The Jerusalem Post, a ofensiva israelita atingiu ativos da força aérea iraniana na cidade de Isfahan, "mesmo ao lado da central nuclear". "A mensagem é inequívoca: escolhemos não atingir as vossas infraestruturas nucleares por agora, mas podíamos ter feito muito pior", revelam fontes recolhidas pelo jornal.

Entretanto, o Exército do Irão confirmou o ataque de drones, mas não deu mais detalhes. "Graças à nossa vigilância, os objetos voadores foram atingidos", comentou o comandante-chefe do exército iraniano, major-general Abdul Rahim Mousavi, à agência de notícias de defesa iraniana Defa Press.

Questionado sobre se vão responder ao ataque, referiu apenas que  a resposta de Teerão "já foi vista", numa aparente referência ao ataque de sábado passado contra Israel.

Alguns canais de televisão norte-americanos avançaram, citando fontes anónimas, que Israel terá avisado previamente a Administração de Joe Biden que iria responder ao Irão dentro de 24 a 48 horas. 
No entanto, horas depois, após a reunião do G7, o Ministro dos Negócios Estrangeiros italiano revelou que os Estados Unidos só receberam um aviso sobre a ofensiva israelita "minutos antes" da mesma acontecer. Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, nega qualquer envolvimento do país nas operações encetadas por Israel.

De acordo com a Associated Press, o Irão ativou as defesas aéreas localizadas perto de uma base e de uma instalação nuclear na cidade de Isfahan (centro do Irão), depois de terem sido avistados drones, o que suscitou o receio de um ataque israelita em retaliação ao ataque sem precedentes de Teerão, com drones e mísseis, no passado fim de semana.

O Irão ativou a defesa aérea em várias províncias, na sequência das informações sobre pelo menos uma explosão no centro do país, avançou a agência de notícias estatal iraniana IRNA. Nesse seguimento, as autoridades iranianas suspenderam todos os voos comerciais a partir e com destino a vários aeroportos, incluindo Teerão, disse a agência Mehr, citando as autoridades aeroportuárias. Mas a atividade já foi retomada.

Entretanto, o primeiro-ministro do Reino Unido já reagiu. Numa conferência de imprensa, Rishi Sunak reiterou o "direito absoluto" que Israel tem para se defender do ataque do Irão, mas apelou novamente a uma contenção das tensões no Médio Oriente, afirmando que "uma escalada significativa não é do interesse de ninguém".

"O que queremos ver é a contenção a prevalecer sobre a região", concluiu o primeiro-ministro, que ainda se encontra a esclarecer todos os detalhes deste ataque com os seus aliados.


Ontem, o Conselho Europeu pediu "todos os esforços" e "máxima contenção" para evitar uma escalada de tensões no Médio Oriente, após os ataques do Irão contra Israel, insistindo ainda no "acesso sem entraves à ajuda humanitária" a Gaza.

A discussão surgiu após o ataque do Irão com drones (aeronaves não tripuladas) e mísseis a Israel no passado fim de semana, que levou à inclusão na agenda do encontro de uma discussão sobre a situação na região.

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