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Investigação dos EUA volta a acusar China de práticas comerciais "injustas"

Em vésperas do encontro entre os presidentes das duas maiores economias do mundo, os Estado Unidos acabam de divulgar um estudo que consubstancia as acusações que têm vindo a fazer ao gigante oriental, uma informação que poderá pesar nas negociações.

DR
21 de Novembro de 2018 às 10:33
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Os Estados Unidos divulgaram esta terça-feira um novo relatório acerca das políticas da China no que toca à transferência de tecnologia e propriedade intelectual, elaborado no âmbito de uma investigação que despoletou a aplicação de tarifas ao país oriental. As conclusões são duras para Pequim, que é alvo das acusações a dias da cimeira do G20 na Argentina, na qual os líderes das duas maiores economias do mundo se deverão encontrar.

 

"Esta actualização [da investigação através do novo relatório] mostra que a China não alterou as práticas injustas e pouco razoáveis de distorção de mercado que foram objecto do relatório de Março", declarou o representante da pasta do comércio nos Estados Unidos, Robert Lightzer, a propósito deste assunto. As práticas justificaram, na altura, a aplicação de tarifas sobre o volume de 50 mil milhões de dólares em importações chinesas, que mais recentemente escalaram para um total de 250 mil milhões de dólares. 

No mesmo documento, há ainda menção a campanhas de ciberataques a empresas americanas apoiadas pelo Estado chinês, que não só proliferaram como cresceram em sofisticação. 

O ministro do Comércio chinês ainda não reagiu à publicação destes dados. A divulgação do estudo pode ser entendida como uma forma de acertar o passo das conversações entre os Estados Unidos e China, partindo das premissas aqui descritas. Isto, tendo em conta a aproximação do encontro entre Trump e Xi Jinping, marcado para o final do mês em Buenos Aires, Argentina, a propósito da cimeira do G20 que aí tem lugar.

 

A reunião entre os dois líderes tem estado envolta em expectativa dadas as implicações que pode ter para a economia mundial, numa altura em que o conflito tem despoletado a imposição de tarifas de parte a parte em prejuízo da economia dos dois gigantes. O secretário de Estado do Comércio dos EUA, Wilbur Ross, já veio refrear os ânimos, afirmando que o encontro servirá apenas para permitir um "enquadramento" para um acordo que ponha fim ao braço de ferro entre os dois gigantes. Ross classificou como "impossível" ter um acordo completo, que resolva a contenda comercial, até Janeiro.

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