O Hamas comunicou esta segunda-feira que aceita a proposta de cessar-fogo do Egito e do Qatar. A notícia está a ser avançada pela Reuters que cita um comunicado do grupo islamita.

O documento refere que o responsável político do Hamas, Ismail Haniyeh, "realizou uma conversa telefónica com o primeiro-ministro do Qatar, o Xeque Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani, e com o diretor dos Serviços Secretos egípcios, Abbas Kamel, e informou-os da aprovação pelo movimento Hamas da sua proposta relativa ao acordo de cessar-fogo".

Não é conhecido ainda o que está em cima da mesa neste acordo que Israel estará, entretanto, a analisar. As autoridades israelitas parecem estar reticentes quanto ao proposto e, segundo avança a Associated Press, fontes anónimas ligadas às forças de segurança do país deixaram o aviso: "não é o quadro proposto por Israel". 

 

De acordo ainda com a Reuters, o país considera a proposta "inaceitável" pois acusa o Hamas de ter aceite uma "versão suavizada" da resolução do Egipto, que atua há vários anos como mediador entre os dois países. Acrescenta ainda que nenhum cessar-fogo foi acordado em Gaza.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, veio já dizer que um acordo é "absolutamente alcançável" entre os dois e que as forças ocidentais vão discutir a proposta de cessar-fogo aceite pelo Hamas, enquanto esperam por alguma decisão oficial por parte de Israel. 

A deliberação do Hamas ocorreu horas depois de os israelitas ordenarem a evacuação da população de Rafah, no extremo sul de Gaza, alegando que é onde se "escondem" membros do Hamas e que, portanto, estarão a planear uma operação militar na região. Os EUA garantem não apoiar os aliados no possível ataque terrestre.

No entanto, perante o acordo anunciado esta segunda-feira, os habitantes de Rafah saíram à rua em festejo, deixando o aviso de Israel pendente. 

(Notícia atualizada às 19:45h)