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Guterres próximo de conhecer o seu futuro

Os membros do Conselho de Segurança da ONU votam esta quarta-feira para escolher o novo secretário-geral da organização, que poderá ser o português António Guterres, até agora favorito, num processo que pode ficar logo encerrado.

Reuters
05 de Outubro de 2016 às 08:01
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Após cinco votações preparatórias, em que os votos dos 15 membros do Conselho de Segurança não eram discriminados - e que apontavam para Guterres como sucessor do sul-coreano Ban Ki-moon -, desta vez, os votos dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) serão conhecidos, ficando exposto qualquer veto.

 

Embora se trate de um processo com poucas regras - o que dá aos membros do Conselho de Segurança, sobretudo aos permanentes, muita margem para decidir os próximos passos -, à partida, se algum dos cinco vetar algum dos nomes, esse candidato acabará por abandonar a corrida ao cargo.

 

Depois de a Rússia ter na terça-feira anunciado que apoiará uma mulher da Europa de Leste - requisitos que só duas candidatas búlgaras preenchem, Irina Bokova e Kristalina Geogieva -, mesmo que Guterres obtenha o apoio de nove países e nenhum veto dos membros permanentes, o órgão executivo das Nações Unidas pode decidir realizar mais votações.

 

António Guterres venceu as cinco primeiras votações destacado, sendo o único que ultrapassou o mínimo de nove apoios, mas teve sempre entre dois e três votos "desencoraja".

 

Se mantiver o mesmo resultado e um dos votos negativos pertencer a um dos cinco permanentes, o seu nome não pode ser sequer recomendado.

 

A entrada da búlgara Kristalina Georgieva na corrida, na semana passada, também pode levar a mais rondas de votações, necessárias para clarificar o posicionamento de todos os países.

 

Num ano em que a ONU tentou trazer transparência ao processo, realizando audiências públicas, entrevistas e debates com os 12 candidatos iniciais, a entrada tardia da vice-presidente da Comissão Europeia foi recebida com desconfiança por alguns países e entusiasmo por outros.

 

Há dez anos, quando Ban Ki-moon foi escolhido, a primeira votação deste tipo foi, também, a última.

 

Nesse dia, 2 de Outubro de 2006, Ban Ki-moon recebeu 14 votos "encoraja" e apenas um "sem opinião", o que precipitou a desistência de todos os outros candidatos no dia seguinte.

 

Uma semana mais tarde, a 9 de Outubro, o Conselho de Segurança aprovou por aclamação a resolução que recomendava o nome do sul-coreano. 

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