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G7 exige aos talibãs que deixem sair afegãos após 31 de agosto

Os países do G7 vão exigir aos talibãs "passagem segura" para os afegãos que queiram deixar o país após 31 de abril, data de saída das tropas norte-americanas. Os Estados Unidos não vão estender a data, a Rússia diz que não intervirá militarmente e a China mostra-se contra a imposição de sanções.

Reuters
24 de Agosto de 2021 às 18:56
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Os países do G7 vão exigir "passagem segura" aos talibãs para os afegãos que querem deixar o Afeganistão depois de 31 de agosto, data em que as tropas norte-americanas deverão deixar o país, disse esta terça-feira o primeiro-ministro britânico.

Após presidir a uma cimeira virtual dos líderes do G7, constituído por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, Boris Johnson disse que o grupo de países dispõe de mecanismos "económicos, diplomáticos e políticos" consideráveis para apoiar esta exigência.

"A primeira condição que estabelecemos como G7 é que devem garantir uma passagem segura para aqueles que queiram partir até 31 de agosto e depois", disse Boris Johnson.

Também esta terça-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, decidiu não prolongar o prazo de 31 de agosto para a retirada final dos soldados norte-americanos do Afeganistão, disse hoje um funcionário do Governo.

Biden tomou a decisão após consultar a sua equipa de segurança nacional, ponderando os riscos de manter as forças no terreno para além do prazo e optando por concluir a missão na próxima terça-feira, prazo que tinha sido por si definido, ainda antes de os talibãs terem tomado conta de Cabul, em 15 de agosto.

Biden pediu à sua equipa de segurança nacional para criar planos de contingência, caso surja uma situação cujo prazo precise de ser ligeiramente prorrogado, disse a mesma fonte governamental.

Os EUA intensificaram o transporte aéreo para retirada desde Cabul, nas últimas 24 horas, mas Biden tinha admitido estender o prazo de saída, levando em conta as contínuas ameaças à segurança por parte de grupos extremistas na capital afegã.

Os aliados europeus, assim como congressistas, grupos de veteranos e organizações de refugiados dos EUA estão a pedir a Biden que continue as evacuações durante o tempo que for necessário para retirar todos os estrangeiros, aliados afegãos e outros em maior risco.

Contudo, numa conferência de imprensa em Cabul, hoje, o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, disse que o seu movimento não aceitará prorrogações do prazo, prometendo retaliações.

Mais tarde, ainda hoje, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que os militares precisarão de "pelo menos vários dias" para retirar totalmente os vários milhares de soldados e o seu equipamento de Cabul.

Aliados dos EUA e outros países também estão a realizar evacuações e terão de encerrar as suas operações e partir antes de as tropas dos EUA concluírem a sua saída.

Rússia afasta intervenção

O Presidente Vladimir Putin assegurou hoje que a Rússia não tem intenção de repetir o mesmo erro da União Soviética e intervir militarmente no Afeganistão.

"Evidentemente não temos intenção de nos imiscuirmos nos assuntos internos do Afeganistão, muito menos de arrastar as nossas forças armadas para um conflito de todos contra todos", disse Putin durante o congresso federal do seu partido, o Rússia Unida, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.





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