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EUA aplicam sanções a empresas por apoio ao Irão e à Coreia do Norte
A Casa Branca anunciou a imposição de sanções a um conjunto de 30 empresas e indivíduos que terão transferido tecnologia para apoiar o desenvolvimento dos programas nucleares do Irão ou ainda pela violação dos controlos às exportações para a Coreia do Norte e a Síria.
O Departamento de Estado norte-americano anunciou esta sexta-feira, 24 de Março, a imposição de sanções a 20 entidades e indivíduos pelo apoio conferido a países como o Irão, a Coreia do Norte e a Síria.
A agência Reuters adianta que em causa estão organizações e pessoas que transferiram tecnologia sensível para apoiar a prossecução do programa nuclear iraniano ou que violaram os controlos impostos por Washington às exportações para o Irão, Coreia do Norte e Síria.
Ainda segundo a Reuters, 11 entidades ou indivíduos da China, Coreia do Norte e Emirados Árabes Unidos foram sancionados pela transmissão de tecnologia para apoiar o desenvolvimento do nuclear iraniano, enquanto as restantes 19 organizações ou pessoas foram penalizadas por outras violações, designadamente à Lei de Não-Proliferação Nuclear relativa ao Irão, à Coreia do Norte e à Síria.
Esta lei permite a Washington aplicar sanções contra cidadãos estrangeiros, entidades privadas e governos que cooperem com actividade de proliferação nuclear. No entender da actual administração americana, os alvos destas novas sanções terão transferido ou adquirido tecnologia sensível que terá apoiado os países em questão a desenvolver armas de destruição maciça.
Esta decisão está em linha com as dúvidas da actual administração americana relativamente ao acordo sobre o nuclear iraniano assinado entre Teerão e o grupo P5+1, que integra os cinco membros-permanente do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha e que foi promovido pelo ex-presidente americano, Barack Obama.
Desde a campanha para as presidenciais realizadas no ano passado, Donald Trump, actual presidente dos EUA, teceu pesadas críticas ao acordo sobre o nuclear iraniano, considerando-o como o "pior acordo da história dos acordos".
A nova administração americana adoptou ainda uma posição de maior força face à Coreia do Norte, com o secretário de Estado, Rex Tillerson, a falar mesmo na possibilidade de recurso à força se Pyongyang persistir em "elevar a ameaça" nuclear, em especial na região da Ásia-Pacífico. Nesse sentido, Washington tem desenvolvido esforços diplomáticos no sentido de envolver a China - um aliado da Coreia do Norte - na questão, considerando que Pequim deve actuar por forma a travar os ímpetos nucleares do regime ditatorial norte-coreano.