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Estados Unidos querem evitar guerra com a Coreia do Norte mas "não descartam" esse cenário

O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, H. R. McMaster, admite quatro ou cinco cenários para a resolução da crise com Pyongyang, sendo que "alguns são mais feios do que outros".

Reuters
26 de Setembro de 2017 às 07:53
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Numa altura em que a tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte voltou a subir de tom, o conselheiro de segurança nacional norte-americano H. R. McMaster diz que o país admite quatro ou cinco cenários diferentes para a forma como a crise será resolvida. "E alguns são mais feios do que outros", afirmou.

 

McMaster considerou que as ameaças de Pyongyang atingiram uma escala "maior do que o esperado", apesar de Washington já ter desvalorizado os comentários do ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano sobre a declaração de guerra dos Estados Unidos.  

 

"Não declarámos guerra à Coreia do Norte", disse a porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders na segunda-feira. "E, francamente, sugerir isso é absurdo. Continuamos a procurar a desnuclearização pacífica da península coreana".

 

Os comentários da Casa Branca surgem em resposta às declarações de Ri Yong Ho, ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte que, na segunda-feira, avisou que Pyongyang se reserva o direito de tomar contra-medidas, como abater os bombardeiros norte-americanos, depois de os Estados Unidos terem "declarado guerra ao país".

 

"O mundo inteiro deve recordar-se claramente que foram os Estados Unidos que declararam guerra ao nosso país, primeiro", afirmou Ri Yong Ho, acrescentando que, dada a situação, "teremos todo o direito de tomar contra-medidas, incluindo abater os bombardeiros estratégicos dos Estados Unidos, mesmo que não estejam no espaço aéreo do nosso país".

 

Ambos os governos admitem que "todas as opções estão em cima da mesa" e o Pentágono já frisou que o presidente Donald Trump tem à sua disposição um "grande arsenal" que poderá ser usado em caso de necessidade.

 

"Não há um ataque de precisão que resolva o problema", afirmou McMaster num evento em Washington. "Não há bloqueio militar que resolva o problema. O que esperamos fazer é evitar uma guerra, mas não podemos descartar essa possibilidade".

 

McMaster referiu ainda que os Estados Unidos estão "a começar a ver" os resultados iniciais das sanções impostas ao regime coreano, acrescentando que é "do melhor interesse da China garantir o cumprimento" das restrições. "A China enfrentaria a perspectiva de um rearmamento na região e um aumento das actividades militares na Coreia do Sul e no Japão", afirmou.  

Além das sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU, Trump anunciou uma ordem executiva a 21 de Setembro que permite aos Estados Unidos imporem um embargo comercial e financeiro completo a bancos, empresas e pessoas não americanos que fazem negócios com a Coreia do Norte.

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