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Encontro entre EUA e China poderá clarificar papel de Pequim no conflito na Ucrânia

Encontro desta segunda-feira terá lugar em Roma e irá colocar frente-a-frente diplomatas dos Estados Unidos e China. Invasão da Ucrânia será um dos foco da reunião e prevê-se que possa determinar o posicionamento geopolítico da China no mundo.

Joe Biden, Presidente dos EUA, herda os resultados da guerra comercial que o seu antecessor travou com Xi Jinping, Presidente da China.
Lintao Zhang/Reuters
14 de Março de 2022 às 12:05
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Os diplomatas dos Estados Unidos e da China vão sentar-se frente-a-frente, esta segunda-feira, para discutir o conflito na Ucrânia. O encontro terá lugar em Roma e poderá determinar o posicionamento geopolítico da China no mundo, numa altura em que crescem os receios de que Pequim apoie a Rússia na invasão da Ucrânia.

À mesa da reunião vão sentar-se o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, e o principal diplomata da China, Yang Jiechi, que já foi ministro dos Negócios Estrangeiros.

A reunião será uma continuação da reunião virtual de novembro que juntou o presidente norte-americano, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping. Na agenda, estarão "os esforços contínuos para gerir a competição entre os dois países" e a avaliação do "impacto da invasão russa da Ucrânia na segurança regional e global".

Depois dos sucessivos apelos da China a uma "solução pacífica para a crise" sem condenar diretamente a Rússia nem avançar com sanções económicas em linha com os Estados Unidos e a União Europeia, o encontro será importante para perceber qual o posicionamento do Governo chinês relativamente à invasão da Ucrânia. 

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Zhao Lijian, tem dito que a posição da China sobre a questão da Ucrânia é "consistente e clara" de que o país tem desempenhado um papel construtivo na promoção das negociações de paz, pressionado a uma solução diplomática, em vez de agravar ainda mais a situação". 

No entanto, várias fontes ouvidas pelo jornal norte-americano "New York Times" acusam a Rússia de ter pedido à China o envio de armamento militar, bem como ajuda económica para "fintar" as sanções económicas impostas pelo Ocidente. As mesmas fontes não esclarecem, porém, se a China cedeu, ou não, a esse pedido.

Em reação à notícia, o porta-voz da embaixada da China, em Washington, referiu que não ter conhecimento dessa situação. Os Estados Unidos garantem que, caso venha a China dê a mão à Rússia (que é um dos seus parceiros estratégicos) para compensar o impacto económico das sanções, "haverá, sem dúvida, consequências".
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