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Diretora-geral do FMI: "A China precisa de se reinventar"

Encontro que juntou gestores internacionais e altos quadros chineses em Pequim discutiu desafios económicos do regime de. Kristalina Georgieva pediu uma "nova era de crescimento".

Wu Hao/EPA
Negócios com Reuters 24 de Março de 2024 às 09:40

A China precisa de se "reinventar" com políticas económicas para acelerar a resolução da crise do mercado imobiliário e impulsionar o consumo interno e a produtividade, afirmou este domingo a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

"A China enfrenta uma bifurcação na estrada - confiar nas políticas que funcionaram no passado, ou reinventar-se para uma nova era de crescimento de alta qualidade", disse Georgieva no Fórum de Desenvolvimento da China, uma reunião que juntou altos funcionários chineses e gestores de empresas globais.

As autoridades que intervieram na abertura deste fórum mostraram-se confiantes de que a China atingirá os seus objetivos económicos, incluindo um crescimento de cerca de 5% este ano. Prometeram ainda mais apoio às empresas em setores estrategicamente importantes, uma área que o Presidente chinês Xi Jinping apelidou de "novas forças produtivas".

Mas estes compromissos ficaram aquém das mudanças mais radicais exigidas pelo FMI. Kristalina Georgieva lembrou que uma análise do FMI mostrou que uma combinação de políticas mais centrada no consumidor poderia acrescentar 3,5 biliões de dólares à economia chinesa nos próximos 15 anos. Se isso for conseguido, esse impulso seria equivalente a um acréscimo de produção equivalente a mais do dobro do tamanho da economia da Coreia do Sul.

O presidente executivo da Apple, Tim Cook, foi o CEO mais reconhecido a participar no evento de Pequim. Em entrevista à emissora estatal chinesa CGTN, Cook adiantou que que teve uma reunião "extraordinária" com o primeiro-ministro chinês Li Qiang.

"Penso que a China está realmente a abrir-se", disse Cook  à CGTN, à margem da reunião. Mais tarde, afirmou que os fornecedores da Apple sediados na China tinham ajudado a obter ganhos em termos de fabrico mais sustentável, incluindo a redução da utilização de água e a reciclagem de metais como o alumínio e o cobalto.

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