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Dez pessoas morreram em protestos no Irão

A televisão estatal iraniana disse hoje que 10 pessoas foram mortas durante os protestos no Irão e que as forças de segurança do Estado conseguiram impedir que "manifestantes armados" tomassem de assalto esquadras de polícia e bases militares, segundo a AP.

Os tempos de desanuviamento entre EUA e Irão, depois do acordo sobre o nuclear, parecem ser coisa do passado. O Irão testou a atenção do novo Presidente com o ensaio de um míssil balístico e a aplicação de novas sanções norte-americanas foi quase imediata. Mais, a reacção nem esperou pelo veredicto da ONU sobre o sucedido. Trump, naturalmente, retaliou também no Twitter: 'O Irão está a brincar com o fogo - não sabem apreciar o quão simpático o Presidente Obama foi para com eles. Eu não!' O Irão respondeu com palavras, dizendo não ter medo dos EUA.
O Presidente Hassan Rouhani afirmou que o povo tem direito a criticar, mas de forma legal. reuters
01 de Janeiro de 2018 às 12:12
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O Irão tinha avisado este domingo que os manifestantes "pagarão o preço" pelos protestos, depois de uma nova noite de manifestações contra o poder no país, onde duas pessoas foram mortas e dezenas de outras foram detidas.

"Aqueles que destroem a propriedade pública, criam desordem e agem ilegalmente devem responder pelas suas ações e pagar o preço. Agiremos contra a violência", afirmou o ministro do Interior iraniano, Abdolreza Rahmani Fazli no domingo.

Os protestos tiveram início nos dias anteriores, alastrando a várias cidades iranianas, e são já considerados os maiores desde 2009. A situação económica débil do país, com elevado desemprego, é apontada como uma das causas do descontentamento.

Segundo relatam as agências internacionais, nas manifestações têm sido derrubadas e queimadas faixas com a figura do ayatollah Ali Khamenei. Desde a revolução islâmica de 1979 que não se viam protestos a exigir o fim do regime dos ayatollah, com alguns manifestantes a pedirem o regresso do Xá, que vive no exílio.

O Governo bloqueou no domingo o acesso às redes sociais por considerar que estas estavam a contribuir para o incitamento à violência.

O Presidente iraniano, Hassan Rouhani, afirmou no domingo à noite, em declarações transmitidas pela televisão, que "as pessoas têm o direito a fazer críticas", mas que não serão permitidos comportamentos ilegais. Criticar é diferente de violência e destruição de propriedade pública, disse.

Segundo as autoridades foram detidas 200 pessoas durante os protestos em Teerão. A informação sobre o resto do país, onde as manifestações foram até maiores, é escassa.
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