Notícia
Depois das tarifas, Trump admite agora negociar
O anúncio da imposição de tarifas aduaneiras abriu a porta a negociações comerciais entre vários países. Dentro dos EUA, os democratas lembram que as taxas sobre importações fazem parte da política comercial.
Neste fim-de-semana, e em resposta às duras críticas e ameaças de retaliação vindas da Europa, Donald Trump repetiu a jogada: "a União Europeia, países maravilhosos que tratam muito mal os Estados Unidos no comércio, queixam-se dos impostos sobre o aço e o alumínio. Se eles abandonarem os seus horríveis obstáculos e os seus direitos aduaneiros sobre produtos norte-americanos, nós abandonaremos os nossos. Se não, taxamos as viaturas, etc. Justiça!", escreveu o presidente na rede social Twitter. O desafio é feito pelo mesmo Trump que deitou por terra um acordo de livre comércio que estava a ser negociado com a Europa (TTIP).
os nossos. Donald Trump
Presidente dos Estados Unidos
Democratas "não têm medo" das tarifas
Se Trump surge isolado na frente externa, já nos Estados Unidos a questão é mais complicada. Se é verdade que o anúncio de Trump caiu muito mal juntos dos republicanos que o apoiam no Congresso e no Senado, já os democratas têm uma posição mais complexa. A senadora Elizabeth Warren – apontada como possível candidata democrata às presidenciais de 2020 – veio dizer ontem que "não tem medo de tarifas aduaneiras" e que estas devem ter um papel na política comercial norte-americana. "Durante muito tempo, os nossos acordos comerciais foram negociados em benefício das grandes multinacionais e não dos trabalhadores norte-americanos", afirmou numa entrevista à NBC, citada pela Reuters.