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Crescimento em sintonia deixa mundo mais vulnerável a choques
Pela primeira vez em alguns anos, a maior parte das economias do mundo está a crescer em sintonia. Uma notícia que não é de todo positiva, segundo Stephen King, do banco HSBC.
Desde 1990, todos os períodos em que a maior parte das economias do mundo cresceu em sintonia foram seguidos por choques abruptos, revelou King. Em todos os casos, a Reserva Federal (Fed) restringiu a política monetária mais do que o esperado inicialmente. Além disso, uma expansão mundial simultânea tende a gerar um "comportamento de amor ao risco" e de pressão dos recursos.
"Os períodos em que a maioria dos países cresce acima das suas tendências de longo prazo tendem a estar associados a riscos monetários e financeiros elevados", escreveu King, num artigo publicado em 15 de Fevereiro.
Em períodos em que a economia global tem pontos fracos, as pressões inflacionárias conseguem ser contidas e a Fed pode manter os juros mais baixos. Com o aperto da política da Fed, o crescimento de 2017 já parece estar maduro, salientou King.
"É possível que uma fraqueza inesperada algures no mundo ofereça um certo alívio ao sistema", disse. "Caso contrário, talvez precisemos apertar os cintos: pode haver uma turbulência considerável por aí."