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Coreia do Norte intensifica testes de mísseis e faz aumentar tensão com EUA
Demonstração de força de Pyongyang acontece numa altura em que o processo diplomático para desarmamento do país está parado. Desde o início do ano, o regime norte-coreano realizou já seis testes com mísseis balísticos. EUA pedem que Coreia do Norte "pare com provocações".
Ao todo, o regime norte-coreano realizou já seis testes com mísseis balísticos desde o início do ano, um número muito elevado num período de tempo tão curto. Só esta terça-feira, o país testou dois mísseis táticos terra-terra e dois mísseis cruzeiro para "testar a potência da ogiva convencional", segundo a agência noticiosa estatal KNCA.
Os lançamentos mereceram a condenação dos países vizinhos e estão a dar um novo impulso aos Estados Unidos para avançarem com um agravamento das sanções contra o país. Isto porque o processo diplomático entre Washington e Pyongyang com vista ao desarmamento da Coreia do Norte está parado há mais de um ano.
Com as atenções de Washington voltadas para a tensão político-militar junto à fronteira entre os Estados Unidos e a Ucrânia, o regime norte-coreano liderado por Kim Jong-un está determinado a continuar a testar armamento.
A KNCA dá ainda conta de que Kim Jong-un terá visitado recentemente uma fábrica de munições, cuja localização não foi divulgada, e saudado o "progresso crescente na produção de grandes armas". "Esta fábrica tem um papel importante para a concretização da estratégia de desenvolvimento da nossa defesa nacional", disse.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos condenou os últimos lançamentos, apelidando-os de "desestabilizadores" e pediu a Pyongyang que "pare com estas provocações". Também a União Europeia emitiu um comunicado a dizer que os testes ameaçam a paz e segurança internacionais e prejudicam os esforços para retomar o diálogo.