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China planeia acelerar compra de bens agrícolas aos EUA

A China está a equacionar regressar à compra de bens agrícolas oriundos dos Estados Unidos, como parte da primeira fase do acordo comercial entre ambos. As compras estiveram suspensas devido à atual pandemia.

Reuters
19 de Junho de 2020 às 10:00
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A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China parece ter feito uma breve pausa, com Pequim a planear aumentar o número de compras de bens agrícolas norte-americanos, como parte da primeira fase do acordo comercial entre as duas potências. 

De acordo com a Bloomberg, uma fonte próxima do presidente chinês, Xi Jingping, confessou que a China pretende acelerar o ritmo de compras de produtos como soja ou cereais aos Estados Unidos, após as negociações entre ambos marcadas para esta semana, no Havai. 

A China, o maior importador de soja do mundo, quer voltar a cumprir os pressupostos acordados, após uma disrupção provocada pela atual pandemia. Para isso, segundo a agência de notícias, falou com grande parte das empresas estatais para fazerem um esforço nesse sentido. 

A primeira fase do acordo entre as duas maiores economias do mundo destinava a compra por parte de Pequim de 36,5 mil milhões de dólares em produtos agrícolas norte-americanos, acima dos 24 mil milhões de dólares fixados em 2017, antes de a guerra comercial ter rebentado. 

Contudo, Xi Jinping carimbou a compra de apenas 4,65 mil milhões de dólares nos primeiros quatro meses deste ano, de acordo com o departamento da Agricultura dos Estados Unidos, o que representa 13% do objetivo definido.  

Esta notícia surge uns dias após terem sido revelados detalhes do novo livro de John Bolton, ex-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca. Na sua obra, Bolton refere que o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ajuda ao homólogo chinês Xi Jinping para ganhar as eleições presidenciais deste ano, ao garantir que comprava mais produtos agrícolas norte-americanos.

Contudo, depois de se conhecer um excerto da obra, o Departamento de Justiça norte-americano reagiu de imediato e pediu que a sua publicação fosse travada. Mas o The New York Times e o Washington Post publicaram excertos do livro na passada quarta-feira.

Nos últimos meses, a guerra entre Donald Trump e Xi Jinping tem aquecido. Desde as acusações sobre a verdadeira origem do atual coronavírus, até à nova lei de segurança nacional de Hong Kong.
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