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Casa Branca e Congresso chegam a acordo sobre teto de dívida nos EUA

Acordo com o partido Democrata sobe o limite do endividamento dos EUA para 22 biliões de dólares até 2021. Vai permitir aumentar a despesa federal de forma significativa.

Reuters
23 de Julho de 2019 às 11:35
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A Casa Branca fechou um acordo de dois anos com os líderes do partido Democrata no Congresso norte-americano para subir o limite de endividamento, para 22 biliões de dólares, evitando o risco de um "default".

O acordo, definido entre a democrata Nancy Pelosi e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, aumenta o teto da dívida até meados de 2021, adiando um novo braço de ferro orçamental para depois das eleições presidenciais do próximo ano. No entanto, os aumentos de despesa, em cima das reduções fiscais decididas por Donald Trump em 2017, agravaram as preocupações sobre uma falta de rigor orçamental na maior economia do mundo.

Espera-se agora que o acordo passe nas duas câmaras do Congresso dos EUA e que seja, então, assinado pelo presidente norte-americano. "Este foi um compromisso real para dar outra grande vitória aos nossos militares e veteranos!", afirmou Donald Trump na rede social Twitter. Por sua vez, Pelosi disse que o acordo pode "melhorar a segurança nacional e investir em prioridades para a classe média, como a saúde, a segurança financeira e o bem-estar do povo norte-americano". 

Steven Mnuchin já tinha avisado que o governo dos EUA estava em risco de ficar sem dinheiro para pagar as contas em setembro, apressando um acordo antes das férias legislativas de agosto.

Muitos economistas e responsáveis da Reserva Federal norte-americana apontaram para a ameaça de um "default" como o principal fator negativo para a economia dos EUA e do mundo. 

Durante décadas, os legisladores dos EUA subiram frequentemente o limite de endividamento dos EUA sem muito debate sobre a necessidade de o Governo cumprir os pagamentos que já haviam sido assinados. Mas a partir de 2011, quando Obama se deparou com um novo grupo de republicanos do Tea Party no Congresso, o limite de endividamento nos EUA agravou o braço-de-ferro político, levando os EUA à beira do "default".

O acordo de última hora mostra que nem Trump nem os democratas procuram fazer do orçamento um cavalo de batalha, o que poderia prejudicar a economia ao mesmo tempo que se aproximam as eleições de 2020. Sob o comando de Trump, o défice orçamental dos Estados Unidos aumentou drasticamente devido à aprovação dos cortes de impostos de 2017 e a sua relutância em reduzir despesa - uma falta de preocupação com a dívida elevada em oposição ao tradicional pensamento republicano.

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