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Biden recusa cancelar já as tarifas à China e quer regresso dos aliados dos EUA

Antes de tomar qualquer decisão sobre tarifas, o presidente eleito dos Estados Unidos pretende analisar as relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo e consultar os aliados norte-americanos.

EPA
02 de Dezembro de 2020 às 09:19
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Joe Biden não pretende mexer para já no acordo comercial de fase 1 entre os Estados Unidos e a China, que contempla elevadas tarifas sobre as importações de produtos do país asiático.

 

Numa entrevista a Thomas Friedman, colunista do New York Times, o presidente eleito dos EUA disse que pretende primeiro analisar as relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo e consultar os aliados norte-americanos.

 

"Não vou tomar qualquer decisão imediata e o mesmo aplica-se às tarifas", disse Biden, explicando que "não vou prejudicar as minhas opções".

 

Os Estados Unidos e a China assinaram em janeiro um acordo comercial que previa um incremento de 200 mil milhões de dólares das importações de produtos norte-americanos por parte da China. Apesar deste acordo, que está muito longe de ser cumprido, os dois países mantiveram as tarifas recíprocas que tinham aplicado entre si.

 

Biden pretende travar as "práticas abusivas" da China, citando o "roubo de propriedade inteletual, dumping, subsídios ilegais a empresas", bem como "transferência forçada de tecnologia" de empresas norte-americanas para chinesas.

 

Antes de pensar num novo acordo comercial com a China, Biden pretende fazer uma revisão total às relações comerciais entre os dois países e consultar os seus aliados na Ásia e Europa, para que seja depois "adotada uma estratégia coerente".

 

"A melhor estratégia com a China, penso eu, passa por colocar todos os nossos aliados na mesma página", acrescentou.

 

As declarações de Biden confirmam que nas relações com a China a estratégia da próxima administração dos EUA não será muito diferente da implementada por Donald Trump, embora com uma diplomacia distinta e assente no diálogo.

 

"Vai ser uma das grandes prioridades das primeiras semanas da minha presidência tentar fazer regressar os nossos aliados", acrescentou Biden.

 

A confirmar o objetivo de alterar a sua política externa, o Financial Times noticia hoje que Biden está a equacionar nomear um enviado especial para tratar das relações dos Estados Unidos com os países asiáticos.  

 

Na entrevista a Thomas Friedman Biden repetiu aquele que foi um dos motes da sua campanha, de protecionismo das empresas norte-americanas. "Vamos lutar como no inferno pelo investimento em ‘America First’", afirmou.  

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