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Arábia Saudita liberta 23 dos cerca de 200 detidos por corrupção
Segundo o jornal Okaz, mais suspeitos serão libertados nos próximos dias, enquanto os restantes vão continuar detidos, a aguardar julgamento.
A Arábia Saudita libertou 23 das cerca de 200 pessoas que estão detidas desde o início de Novembro devido a suspeitas de corrupção, depois de terem chegado a acordo com o governo, noticia o jornal Okaz, citado pela Bloomberg.
A publicação não revela os nomes, mas refere que as pessoas em causa entregaram activos e dinheiro em troca da sua liberdade.
O jornal adianta que mais pessoas serão libertadas nos próximos dias, enquanto os restantes – que continuam a negar as acusações – continuarão detidos a aguardar julgamento.
As detenções foram realizadas no início do mês passado por um comité anti-corrupção dirigido pelo príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman, que iniciou uma purga sem precedentes tendo como alvo príncipes, ministros, antigos responsáveis políticos e empresários.
O procurador-geral saudita informou na altura que mais de 200 pessoas haviam sido detidas no âmbito da operação anti-corrupção, precisando que os valores envolvidos em operações indevidas ao longo de várias décadas atingem os 100 mil milhões de dólares (cerca de 86 mil milhões de euros).
"A escala potencial das práticas de corrupção descobertas é muito grande", afirmou, acrescentando que as investigações sobre os últimos três anos permitem estimar em mais de 100 mil milhões de dólares o valor movimentado ilegitimamente nas últimas décadas.
De acordo com o jornal Okaz, os suspeitos têm estado detidos no luxuoso hotel Ritz Carlton, em Riade.