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Atos de pirataria marítima no mundo conheceram redução "notável" em 2021

A diminuição de 375 atos registados em 2020 para 317 no ano passado está ligada, em particular, à situação no Golfo da Guiné, onde os incidentes baixaram de 115 para 52.

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08 de Janeiro de 2022 às 09:58
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Os atos de pirataria e banditismo recuaram de maneira "notável" no mundo em 2021, depois de os seus números estarem estáveis desde 2016, revelou hoje o balanço anual de um centro internacional dedicado à segurança marítima.

 

No total, os 317 atos registados em 2021, depois dos 375 no ano precedente, representam uma baixa "notável de 15%", segundo o Maritime Information Cooperation & Awareness Center (MICA), situado em Brest, França.

 

Esta diminuição está ligada, em particular, à situação no Golfo da Guiné, onde os incidentes baixaram de 115 em 2020, para 52 em 2021.

 

"Esta descida drástica é considerada como o resultado de uma tomada de consciência dos atores internacionais e regionais, que conduzem o conjunto das ações concretas contra a insegurança marítima na zona e se dotam de um quadro jurídico adaptado", refere o relatório anual do MICA.

 

"Esta evolução não deve, contudo, mascarar a existência de outros fenómenos que ameaçam a segurança dos espaços marítimos", adianta o documento, que considera pela primeira vez ameaças à segurança marítima no mundo, como a pesca ilegal, o contrabando, o tráfico de seres humanos e de estupefacientes, a imigração clandestina, os conflitos interestatais ou ainda os ataques terroristas.

 

A integração estes dados "evidencia uma recrudescência destes outros fatores de insegurança no mar, em todas as regiões do globo", salientou o Centro, que cita "o fenómeno da narco-pirataria na América Latina, onde os cartéis adotam comportamentos de piratas para introduzir a droga nos navios".

 

 Criado em 2016, o MICA Center acompanha em permanência o tráfego marítimo mundial. Analisa e avalia a situação de segurança marítima no mundo, mas centraliza também os alertas em caso de ataque no mar. É integrado por cerca de 30 militares e civis da Marinha francesa e de marinhas dos países parceiros.

 

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