O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu anunciou um acordo de cessar-fogo no Líbano, como tinha sido noticiado nos últimos dias. As tréguas têm início a partir de quarta-feira.

O gabinete de segurança israelita aprovou o cessar-fogo com o Hezbollah, com Netanyahu a anunciar ontem ao final da tarde o regresso da população do norte de Israel às suas casas.

Netanyahu vai agora apresentar os traços gerais do acordo ao executivo israelita, enquanto se aguarda por uma declaração do presidente dos EUA, Joe Biden.

O primeiro-ministro israelita disse que Israel impôs ao grupo terrorista um retrocesso de décadas e que caso o acordo seja quebrado os israelitas irão retaliar.

O líder israelita referiu ainda que o governo está empenhado em resgatar os reféns que ainda se encontram em Gaza e que agora pode concentrar-se na verdadeira ameaça a Israel: o Irão.

O acordo que abre caminho para o fim do conflito que já provocou milhares de mortes desde o início das hostilidades em Gaza foi mediado pelos Estados Unidos e França, refere a Reuters.

Netanyahu defendeu, na declaração ao país, que havia três motivos para o cessar-fogo: centrar as atenções na ameaça que é o Irão, reconstruir os fornecimentos de armas e dar descanso ao exército israelita, bem como isolar o Hamas.

Nas horas que antecederam o anúncio, Israel bombardeou os subúrbios de Beirute, um reduto do Hezbollah na capital do Líbano.

Fontes militares israelitas referiram que um dos ataques atingiu duas dezenas de alvos na cidade em apenas dois minutos. Segundo o Ministério libanês da Saúde este ataque causou sete mortos e 37 feridos

O Hezbollah, apoiado pelo regime iraniano, tem lançado ataques com "rockets" contra o território israelita.