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Maior ponte marítima do mundo inaugurada pelo presidente chinês

O Presidente da China, Xi Jinping, inaugurou hoje a ponte que liga Hong Kong, Zhuhai e Macau, considerada a maior travessia marítima do mundo, após nove anos de construção.

23 de Outubro de 2018 às 09:59
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"Eu abro oficialmente a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau", declarou o chefe de Estado chinês, numa curta intervenção durante a cerimónia de inauguração da ponte, na cidade chinesa de Zhuhai, adjacente a Macau.

 

Antes do discurso de Xi Jinping, a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, teceu palavras de agradecimento ao líder chinês por ter inaugurado a ponte.

 

Na presença de mais de 700 convidados, o vice-primeiro ministro da China sublinhou que esta mega infra-estrutura vai possibilitar mais actividades comerciais e a aproximação económica entre a China e a antiga colónia britânica.

 

Na segunda-feira, o chefe do Governo de Macau tinha afirmado que o território "vê com bons olhos a abertura oficial da ponte e congratula-se pela conclusão da obra", cuja abertura à circulação está marcada para quarta-feira.

 

Fernando Chui Sai On indicou que Macau está preparado "para a abertura oficial da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau" em termos de segurança e transportes.

 

A ponte é um marco do projecto de integração regional da Grande Baía, que visa criar uma metrópole mundial a partir dos territórios de Hong Kong, Macau e nove localidades da província chinesa de Guangdong (Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing).

 

A estrutura principal mede 29,6 quilómetros, com uma secção em ponte de 22,9 quilómetros e um túnel subaquático de 6,7 quilómetros, numa extensão total de 55 quilómetros.

 

A construção começou em 2009 e previa-se a abertura para 2016, mas vários problemas, como acidentes de trabalho, uma investigação de corrupção, obstáculos técnicos e derrapagens orçamentais obrigaram a um adiamento da inauguração.

 

A ponte, que não vai ser de livre circulação (sujeita a quotas), custou aos três governos cerca de 1,9 mil milhões de euros, de acordo com o South China Morning Post.

 

Vários observadores consideraram que o objectivo desta ponte, assim como uma nova linha ferroviária de alta velocidade para o interior da China inaugurada a 22 de Setembro, é aumentar o controlo da China sob Hong Kong, que tal como Macau, goza de autonomia alargada de liberdade de expressão e poder judicial independente.

 

A nova linha ferroviária de alta velocidade para o interior da China vai reduzir consideravelmente o tempo de viagem entre os dois territórios, sendo que parte da estação, situada em Hong Kong, fica sob jurisdição chinesa.

 

As novas infra-estruturas custaram cerca de 10 mil milhões de dólares (8,5 mil milhões de euros) e as autoridades estimaram que a capacidade de transporte diário é superior a 80 mil passageiros entre o centro financeiro asiático de sete milhões de habitantes e o centro industrial vizinho da província de Guangdong.

 

O comboio vai de Hong Kong para Shenzhen em apenas 14 minutos, sendo que o anterior demorava quase uma hora a percorrer os 26 quilómetros que separam os dois territórios. Já para a capital de Guangdong, Cantão, os passageiros vão demorar pouco mais de meia hora, cerca de 90 minutos mais rápido que o anterior.

 

A transferência da soberania britânica de Hong Kong para a China ocorreu a 01 de julho de 1997. Pequim garantiu, tal como em Macau, o princípio "um país, dois sistemas" e um período de transição de 50 anos.

 

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