O Japão cortou as previsões de crescimento do seu produto interno bruto (PIB) para este ano. De acordo com vários órgãos de comunicação internacionais, as autoridades nipónicas estimam que a economia do país cresça 0,9% este ano. Este valor reflecte uma redução significativa face às previsões de Janeiro, época em que Tóquio antecipava um crescimento económico de 1,7% para este ano.

O Financial Times (FT) escreve que o atraso na introdução do novo imposto sob o consumo é um dos motivos para esta revisão em baixa. O jornal, citando uma publicação japonesa, refere que o conselho de política económica e orçamental, liderado pelo primeiro-ministro Shinzo Abe, reuniu-se esta quarta-feira e decidiu esta alteração nas previsões económicas. Anteriormente, estava prevista uma subida do imposto sobre o consumo, dos actuais 8% para 10%, em Abril do próximo ano. Contudo, esta decisão foi adiada para Outubro de 2019, o que levou assim à diminuição da estimativa de crescimento económico.

Revista foi também, de acordo com a BBC, as previsões para a inflação. Tóquio estimava anteriormente que a inflação atingisse os 1,2%. A estimativa actual indica um crescimento de apenas 0,4%.

Esta terça-feira, 12 de Julho, o primeiro-ministro anunciou que o Japão vai avançar com um novo pacote de estímulos à economia do país. Shinzo Abe ordenou aos membros do seu Governo que trabalhem no desenho do novo pacote de estímulos orçamentais, embora se desconheça ainda a dimensão do mesmo, bem como a forma como será financiado. 

O ministro das Finanças Taro Aso disse esta terça-feira que o pacote de estímulos será implementado assim que chegar a ordem oficial. Depois da vitória nas eleições que decorreram no domingo, Abe anunciou a implementação do plano de estímulos, sem providenciar grandes detalhes. Afirmou que contém medidas económicas "fortes" e que parte do dinheiro será aplicado em infra-estruturas, como linhas ferroviárias de alta velocidade e portos.    

O Governo nipónico está agora a trabalhar no desenho deste plano. O montante ainda não é oficial, mas de acordo com as fontes do partido de Abe citadas pelas agências internacionais, deverá ser superior a 10 biliões de ienes (89 mil milhões de euros) e pode chegar aos 20 biliões de ienes (178 mil milhões de euros).