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Japão reforça sanções contra a Coreia do Norte
O Japão anunciou hoje um reforço das sanções contra a Coreia do Norte através do congelamento de activos de empresas da China e Namíbia, suspeitas de negociarem com Pyongyang.
Esta iniciativa surgiu alguns dias depois da decisão dos Estados Unidos de tomarem medidas contra dez organizações e seis indivíduos, chineses e russos, acusados de forneceram ajuda financeira à Coreia do Norte, importando nomeadamente o carvão.
"Vamos continuar a insistir fortemente para que a Coreia do Norte avance para a desnuclearização", disse o porta-voz do Governo japonês, Yoshihide Suga, que é liderado por Shinzo Abe (na foto) durante um encontro regular com a imprensa. "É o momento de aumentar a tensão", insistiu.
São visadas quatro empresas chinesas e duas da Namíbia, além de dois particulares.
O papel da China, país mais próximo do regime norte-coreano, é considerado como essencial no dossier, enquanto a Namíbia reforçou os laços com Pyongyang nos últimos anos, de acordo com os meios de comunicação japonesa.
O Japão tinha já imposto sanções similares ao encontro de entidades implicadas na compra de matérias-primas e nos trabalhos de investigação em ligação com os programas nuclear e balístico da Coreia do Norte.
As últimas foram tomadas no final de Julho e implicavam cinco empresas, duas das quais chinesas, e nove particulares.
Os Estados Unidos e os aliados no Pacífico, em particular o Japão e a Coreia do Sul, estão particularmente em alerta desde que o regime de Kim Jong-Un realizou em Julho dois disparos de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM).
As tensões intensificaram-se no início de agosto, quando o Presidente norte-americano Donald Trump ameaçou atacar com "fogo e cólera" a Coreia do Norte.
O dirigente norte-coreano respondeu, prometendo disparar mísseis contra o território norte-americano de Guam, no Pacífico, projecto que finalmente decidiu não executar no imediato.