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FMI pede à China reformas no sistema financeiro
A entidade sedeada em Washington antevê que a segunda maior economia mundial cresça 7,8% em 2013 e 7,7% em 2014.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou esta quarta-feira o relatório económico sobre a China, ao abrigo do artigo IV da instituição, no qual apela a reformas urgentes, em particular no sistema financeiro. O relatório mantém inalteradas as previsões de crescimento da segunda maior economia mundial, em 7,8% para este ano e 7,7% em 2014.
Embora a China tenha implementado, desde o início da crise, um conjunto de medidas de expansão do investimento e do crédito que tem sustentado a actividade económica, o FMI adverte que são agora necessárias novas medidas que promovam uma maior abertura da economia e uma “transição para um novo caminho que conduza a um crescimento mais assente no consumo, mais inclusivo e mais ecológico”.
No curto prazo, o principal desafio para o novo Governo chinês é "conter os riscos para a estabilidade financeira, travar o crescimento do crédito e as formas não tradicionais de empréstimo". "Um sistema financeiro assente no mercado promoveria uma melhor alocação do capital, aumentaria o rendimento das famílias e evitaria a acumulação de riscos", refere o Fundo. Nesse processo, deve ser dada prioridade a uma maior desregulamentação das taxas de juros e ao reforço da supervisão prudencial, recomenda a instituição presidida por Christine Lagarde, que aplaude a intenção de Pequim de criar um fundo de garantia para os depositantes.
Caso a transição económica seja bem sucedida, a entidade de Washington prevê que a China cresça a “um ritmo saudável nos próximos anos”.
Nas contas do Fundo, o China crescerá neste ano e no próximo menos de 8%, depois de longos anos de taxas de dois dígitos. O desemprego deverá permanecer em 4,1%. A inflação deverá permanecer “controlada”, na ordem dos 3%, tanto neste como no próximo ano. O défice público deverá atingir os 2% do PIB no final do ano. A dívida pública central deverá atingir 22,4% do PIB em 2013 e diminuir para 19,9% em 2014.