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Economia chinesa mantém-se estável e cresce 6,4% no primeiro trimestre

A economia chinesa cresceu 6,4% no primeiro trimestre, a mesma evolução que já tinha sido registada no trimestre anterior. É o crescimento trimestral mais lento desde 2009, mas está entre os mais acelerados do mundo.

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17 de Abril de 2019 às 07:29
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O ritmo de crescimento da economia chinesa manteve-se estável, nos primeiros três meses do ano, apesar das disputas comerciais com os Estados Unidos, num sinal de que os estímulos adotados por Pequim estão a surtir efeito.

A segunda maior economia do mundo cresceu 6,4%, em termos homólogos, informou, esta quarta-feira, o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês. Trata-se do mesmo ritmo de crescimento alcançado nos últimos três meses do ano passado, e o mais lento crescimento trimestral desde 2009, mas ainda assim entre os mais acelerados do mundo.

"Isto confirma que o crescimento económico da China atingiu o seu nível mais baixo e que deverá permanecer a este ritmo", afirmou num relatório Tai Hui, da gestora de ativos JP Morgan Asset Management.

A liderança chinesa aprovou várias medidas, incluindo um aumento dos gastos públicos e do crédito e uma redução dos impostos, visando estimular a economia. Hui considera que aquelas medidas "estão a começar a produzir resultados".

O GNE detalhou ainda que as vendas a retalho, a atividade fabril e o investimento aceleraram, em março, face ao mês anterior. A economia mostrou "crescentes fatores positivos", lê-se.

Os analistas previam uma recuperação mais expressiva da economia chinesa já no ano passado, mas, entretanto, uma guerra comercial espoletou entre Pequim e Washington, devido às ambições chinesas para o setor tecnológico.

Os governos das duas maiores economias do mundo impuseram taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares das exportações de cada um.

Em causa está a política de Pequim para o setor tecnológico, nomeadamente o plano "Made in China 2025", que visa transformar as firmas estatais do país em importantes atores globais em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Os EUA consideram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, fixou a meta anual de crescimento económico entre 6% e 6,5%, ligeiramente abaixo do ritmo alcançado no ano passado, de 6,6%.

Li alertou para as "dificuldades crescentes" na economia global e disse que o Partido Comunista pretende aumentar o défice público, este ano, para sustentar o crescimento.

As medidas de estímulo de Pequim atrasam temporariamente os planos oficiais para reduzir a dependência do crédito e investimento.
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