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Delegação dos EUA a caminho de Taiwan depois de vitória de candidato pró-independência

A China defende que os resultados das presidenciais “não representam a opinião da maioria na ilha” e que a votação não vai “impedir a tendência inevitável de reunificação”.

William Lai Ching-te venceu as presidenciais deste sábado em Taiwan
14 de Janeiro de 2024 às 10:10
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Uma delegação dos Estados Unidos vai aterrar este domingo em Taiwan depois das presidenciais deste sábado que deram a vitória William Lai Ching-te, do partido democrata, tradicionalmente pró-independentista.

Num comunicado, o Instituto Norte-americano em Taiwan, uma espécie de representação diplomática de Washington em Taipé, revelou que a delegação será constituída pelo antigo conselheiro de Segurança Nacional Stephen J. Hadley e pelo antigo secretário de Estado Adjunto James B. Steinberg.

Esta visita de uma delegação norte-americana segue outras semelhantes, depois das eleições presidenciais de 2000, 2008 e 2016. "Tal como aconteceu depois de outras eleições presidenciais, o governo norte-americano solicitou que antigos responsáveis pudessem viajar até Taiwan", referiu o Instituto norte-americano. A delegação deverá encontrar-se com vários responsáveis políticos esta segunda-feira.

Pequim defende que Taiwan é parte do território chinês e exige que outros países se abstenham de reconhecer a ilha como um país soberano.

A China considera que William Lai Ching-te como um perigoso. Lai recebeu apenas 40 por cento dos votos e o Partido Democrático Progressista (PDP) perdeu o controlo da legislatura, um resultado que o governo chinês disse mostrar que o PDP não representava a opinião pública dominante.

"As eleições não mudarão o quadro básico e a tendência de desenvolvimento das relações através do Estreito" de Taiwan, disse Chen Binhua, porta-voz do gabinete chinês responsável pelas relações com Taipé.

Num comunicado citado pela imprensa estatal chinesa, Chen acrescentou que o resultado "não alterará a aspiração partilhada dos compatriotas de ambos os lados do Estreito de forjar laços mais estreitos".

"Aderimos ao consenso de 1992 que reconhece o princípio de 'uma só China' e opomo-nos firmemente às atividades separatistas que buscam a 'independência de Taiwan', bem como à interferência estrangeira", acrescentou o porta-voz.

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