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China regula investimentos de empresas estatais no estrangeiro

As empresas com capital público vão ter de depositar até Março os seus planos de investimento e vai haver uma lista de aplicações em que está vedada a entrada das companhias.

Reuters
18 de Janeiro de 2017 às 09:45
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As autoridades chinesas vão aumentar a supervisão e definir uma lista dos investimentos internacionais vedados às empresas detidas pelo Estado, naquela que é vista como a mais recente medida de Pequim para controlar a saída de capitais do país e a depreciação do yuan.


A notícia é avançada pela Reuters, que cita dois documentos do supervisor SASAC nos quais é pedido um reforço da gestão de riscos e da segurança dos valores aplicados em investimentos além-fronteiras. No entanto, não especificam se as regras se aplicam às empresas públicas locais nem definem quais os sectores abrangidos. As regras obrigam a que as empresas submetam os seus planos anuais de investimento à SASAC até 10 de Março.


Em Portugal, nos últimos anos, pelo menos duas grandes empresas públicas com capital chinês da área da energia - a China Three Gorges e a State Grid - fizeram avultados investimentos, participando no programa de reprivatizações lançado aquando da presença da "troika" no país. A China Three Gorges pagou 2.700 milhões de euros por 21,35% da energética em 2012 e a State Grid aplicou 387,15 milhões de euros na compra de 25 por cento do capital da REN.

As novas directivas conhecidas esta quarta-feira, 18 de Janeiro, juntam-se à medida anunciada nas últimas semanas de monitorizar as transferências de divisas para o estrangeiro a partir de Julho deste ano, que obrigam os bancos a notificar as autoridades da saída de mais de 10 mil dólares do país (face aos 30 mil anteriores) e as transacções em dinheiro superiores a 50 mil yuan (em torno de 6.800 euros à cotação actual).


O investimento da China no estrangeiro atingiu no ano passado 170,1 mil milhões de dólares (159,1 mil milhões de euros) 2016, um aumento de 44,1% em termos homólogos, de acordo com dados do Ministério do Comércio da China, citados pela Reuters. As compras e fusões alcançaram os 100 mil milhões de euros.


O yuan perdeu cerca de 7% do valor em 2016 e a saída de capitais do país levou a que a suas reservas de moeda estrangeira caíssem para os 3 biliões de dólares no último mês, em mínimos de quase seis anos.

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