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"A nossa paciência está a esgotar-se". Washington exige que Pequim cumpra acordo comercial

A menos de um dia de os EUA divulgarem a balança comercial referente a 2021, tudo indica que Pequim apenas cumpriu pouco mais de 60% da meta a que se propôs no acordo comercial "Fase 1". A administração Biden pede "ações concretas" para que a China cumpra o prometido.

Reuters
07 de Fevereiro de 2022 às 14:42
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A paciência de Washington acabou. A administração norte-americana quer que Pequim avance com "ações concretas" de forma a cumprir integralmente o acordo comercial "Fase 1", assinado ainda durante o mandato de Donald Trump.

"Como herdámos este acordo estamos a cumprir a nossa parte, mas a República Popular da China não está a cumprir por inteiro a sua parte e a nossa paciência está a esgotar-se", afirmou uma fonte da Secretaria de Estado do Comércio da Administração Biden, contactada pela Reuters.

A mesma fonte esclarece que Pequim "tem continuado a envolver-se nas conversações com Washington", mas que "não tem tomado ações concretas".

O acordo comercial "Fase 1", assinado em durante o mandato de Donald Trump, colocou um ponto final à guerra de tarifas entre a China e os EUA, e entre outras obrigações, vinculou Pequim a importar bens norte-americanos, entre 2020 e 2021 na ordem dos 200 mil milhões de dólares.

No entanto, até novembro do ano passado, o regime de Xi Jinping cumpriu apenas 60% da meta, de acordo com dados compilados pelo Peterson Institute for International Economics.

Na passada terça-feira, a representante comercial dos EUA, Sarah Bianchi, já tinha declarado que a conversas com Pequim sobre este assunto "têm sido muito difíceis".

As autoridades norte-americanas, citadas pela Reuters, frisam que "Pequim não tem dado sinais reais nos últimos meses de que irá suprir esta lacuna e honrar os seus compromissos".

Em Pequim, Zhao Lijian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrageiros de Xi Jinping esclareceu que "os EUA devem cooperar com a China de forma a reforçar os laços comerciais e económicos", não abordando diretamente esta questão.

"Para os problemas específicos que emergem das relações económicas e comerciais entre os dois países, os dois lados devem resolvê-los envoltos num espírito de respeito mútuo", acrescentou Zhao Lijian, durante uma conferência de imprensa.

A administração norte-americana publica esta terça-feira a balança comercial de 2021. Os analistas consultados pela Reuters apontam para "que os números reflitam que a China não cumpriu a promessa de aumentar as compras de bens norte-americanos".
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