Notícia
WikiLeaks acusa CIA de espionagem electrónica envolvendo iPhones e WhatsApp
A organização que se dedica à divulgação de informação secreta começa esta terça-feira a divulgar o primeiro lote de documentos relacionados com alegada espionagem informática através da manipulação de dispositivos electrónicos.
A organização WikiLeaks, responsável por várias fugas de informação relacionadas com serviços de informação internacionais, anunciou que vai publicar cerca de 9.000 ficheiros com instruções de código alegadamente desenvolvidas pela agência norte-americana CIA e usadas na conversão de dispositivos electrónicos em instrumentos de espionagem.
Em causa neste primeiro pacote de dados (denominado "Ano Zero") está, nomeadamente, informação digital que seria utilizada na manipulação à distância de dispositivos electrónicos banais – como televisões, telemóveis ou computadores – permitindo recolher dados para uso dos serviços de inteligência. A informação obtida através destes meios terá sido recolhida, neste caso, fora de território norte-americano, escreve o Washington Post.
O conjunto de ficheiros – apelidado de Vault 7, ou Cofre 7 - foi criado entre 2013 e 2016, durante o consulado de Barack Obama, e permitiria explorar vulnerabilidades em equipamentos móveis como iPhone ou smartphones equipados com software Android, além de televisões Samsung com ligação à internet.
As ferramentas electrónicas de acesso a informação, que eram usadas pelos serviços de inteligência norte-americanos, incluiriam programas maliciosos (malware), vírus ou "cavalos de tróia" (ficheiros que se ocultam dentro de outros e executam funções alheias ao utilizador) e terão sido desenvolvidas por uma unidade da CIA, o Engineering Development Group.
O New York Times refere que a CIA e serviços de informação aliados terão igualmente conseguido desenvolver ferramentas que permitiram contornar a encriptação de dados em serviços de telefone e mensagens como o WhatsApp, obtendo dados de voz e texto antes da encriptação ser realizada.
A Wikileaks, (fundada por Julien Assange, na foto) acusa ainda o consulado norte-americano em Frankfurt, na Alemanha, de ser uma base oculta de "hackers" informáticos que actuam na Europa, Médio Oriente e África.
De acordo com o Washington Post, a quantidade de dados envolvidos – "centenas de milhões de linhas de código", segundo o WikiLeaks) coloca esta fuga de informação como mais relevante do que a divulgação feita por Edward Snowden, neste caso de elementos obtidos quando trabalhava para a NSA (National Security Agency).
Os dados que começam agora a ser revelados saíram recentemente da posse da agência de informações, circulando entre antigos "hackers" ligados ao governo dos EUA e empresas externas até chegar às mãos da organização. Os elementos dão "a quem os possui a total capacidade da CIA" para manipulação não autorizada de dispositivos, garante o Wikileaks.
O Washington Post refere que a autenticidade dos documentos ainda não pôde ser verificada e cita uma porta-voz da CIA que não quis pronunciar-se nem sobre a fiabilidade dos elementos em causa nem sobre o seu conteúdo.
Em causa neste primeiro pacote de dados (denominado "Ano Zero") está, nomeadamente, informação digital que seria utilizada na manipulação à distância de dispositivos electrónicos banais – como televisões, telemóveis ou computadores – permitindo recolher dados para uso dos serviços de inteligência. A informação obtida através destes meios terá sido recolhida, neste caso, fora de território norte-americano, escreve o Washington Post.
As ferramentas electrónicas de acesso a informação, que eram usadas pelos serviços de inteligência norte-americanos, incluiriam programas maliciosos (malware), vírus ou "cavalos de tróia" (ficheiros que se ocultam dentro de outros e executam funções alheias ao utilizador) e terão sido desenvolvidas por uma unidade da CIA, o Engineering Development Group.
O New York Times refere que a CIA e serviços de informação aliados terão igualmente conseguido desenvolver ferramentas que permitiram contornar a encriptação de dados em serviços de telefone e mensagens como o WhatsApp, obtendo dados de voz e texto antes da encriptação ser realizada.
A Wikileaks, (fundada por Julien Assange, na foto) acusa ainda o consulado norte-americano em Frankfurt, na Alemanha, de ser uma base oculta de "hackers" informáticos que actuam na Europa, Médio Oriente e África.
De acordo com o Washington Post, a quantidade de dados envolvidos – "centenas de milhões de linhas de código", segundo o WikiLeaks) coloca esta fuga de informação como mais relevante do que a divulgação feita por Edward Snowden, neste caso de elementos obtidos quando trabalhava para a NSA (National Security Agency).
Os dados que começam agora a ser revelados saíram recentemente da posse da agência de informações, circulando entre antigos "hackers" ligados ao governo dos EUA e empresas externas até chegar às mãos da organização. Os elementos dão "a quem os possui a total capacidade da CIA" para manipulação não autorizada de dispositivos, garante o Wikileaks.
O Washington Post refere que a autenticidade dos documentos ainda não pôde ser verificada e cita uma porta-voz da CIA que não quis pronunciar-se nem sobre a fiabilidade dos elementos em causa nem sobre o seu conteúdo.