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Trump nomeia presidente da Comissão Federal do Comércio
O escolhido para liderar o poderoso regulador, que supervisiona as grandes empresas norte-americanas nas áreas da concorrência e proteção do consumidor, é Andrew Ferguson, atual comissário da FTC.
Em mais uma nomeação para um importante regulador dos EUA, o presidente-eleito dos EUA nomeou esta terça-feira Andrew Ferguson para liderar a Comissão Federal do Comércio, ou FTC na sigla em inglês, agência que lida com questões que vão da defesa do consumidor à proteção da concorrência.
Na habitual mensagem que acompanha as nomeações na sua rede social, a Truth Social, Trump disse que Ferguson "vai ser o presidente da FTC mais América Primeiro e mais pró-inovação da história do nosso país". O responsável já integrava a agência como comissário desde abril, pelo que poderá entrar em funções assim que Trump tomar posse. Antes, representou o estado da Virginia como procurador em vários processos.
O novo líder da FTC vai suceder à polémica presidente Lina Khan, conhecida pela forma agressiva como fiscalizava as grandes empresas norte-americanas, numa linha de atuação que agradou a alguns republicanos, como o vice-presidente eleito, JD Vance.
Contudo, era vista como persona non grata no mundo empresarial, que criticava os seus métodos de aplicação da regulação da concorrência, sendo esperado que Trump nomeasse um líder mais flexível para a FTC.
No seu cargo de comissário, Ferguson discordou várias vezes das decisões de Khan, como na proibição de cláusulas não-concorrenciais em contratos de emprego e nas regras para facilitar o cancelamento de subscrições.
Ferguson terá agora de decidir sobre grandes processos que decorrem há anos e envolvem as maiores empresas norte-americanas, como as práticas comerciais da Amazon, a concentração de redes sociais da Meta (dona da Facebook) ou a recente investigação concorrencial sobre a Microsoft.
O responsável também vai estar atento à liberdade de expressão, algo que Trump não esqueceu na sua mensagem, ao dizer que Ferguson "tem um histórico comprovado de contrariar a censura das grandes tecnológicas", escreveu.
Ferguson defendeu recentemente que a agência deve processar as redes sociais que omitam ou desvalorizem os pontos de vista conservadores de forma coordenada.
"Temos de aplicar vigorosamente as leis de concorrência contra quaisquer plataformas que estejam irregularmente a limitar a capacidade de expressar as suas ideias de forma aberta e livre", disse Ferguson recentemente, citado pela Reuters.