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Trump aplica tarifas de 25% sobre todos os automóveis importados pelos EUA

O anúncio foi feito pelo Presidente dos EUA na Casa Branca esta quarta-feira. Trump pretende que as construtoras automóveis instalem fábricas no país. Taxas entram em vigor a 2 de abril e poderão render 100 mil milhões de dólares.

Leah Millis / Reuters
26 de Março de 2025 às 21:22
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O Presidente norte-americano anunciou tarifas de 25% sobre todos os automóveis que não forem fabricados em território dos EUA. As tarifas vão entrar em vigor a 2 de abril e começarão a ser cobradas no dia seguinte, disse Donald Trump esta quarta-feira na Casa Branca.

Os veículos que forem fabricados nos EUA não vão pagar qualquer taxa, disse Trump. O objetivo, explicou, é fazer com que as construtoras automóveis instalem as suas fábricas nos EUA, sem deslocalizar a produção para outros países. "Esperamos que isto leve à construção de muitas fábricas automóveis", disse o Presidente dos EUA, garantindo que a medida vai "impulsionar o crescimento económico".

As tarifas serão permanentes e acrescem às taxas já em vigor. A Administração prevê que resultem em cerca de 100 mil milhões de dólares em receita fiscal anual para os EUA, de acordo com um responsável da Casa Branca.

Trump anunciou ainda que, se o carro for fabricado nos EUA, os juros pagos no crédito automóvel poderão ser deduzidos nos impostos sobre o rendimento.

As novas taxas sobre o setor automóvel - que deverão penalizar sobretudo as grandes construtoras europeias e asiáticas, mas também as fabricantes dos EUA com parte considerável da produção em países como o México e o Canadá - entrarão em vigor no mesmo dia em que Trump prometeu aplicar as chamadas "tarifas recíprocas".

"Vamos cobrar aos países por fazerem negócios no nosso país e ficarem com os nossos empregos, a nossa riqueza e muitas coisas que nos têm tirado ao longo dos anos", disse o chefe de Estado dos EUA.

Esta quarta-feira, o presidente norte-americano reiterou que as taxas recíprocas vão mesmo avançar sobre todos os países, mas serão "brandas", uma vez que poderão ser "mais baixas do que aquelas que foram cobradas aos EUA durante décadas". Trump chama ao dia 2 de abril "o verdadeiro dia de libertação da América".

A reação da presidente da Comissão Europeia surgiu poucos minutos após o anúncio de Trump. "Lamento profundamente a decisão dos EUA de impor tarifas sobre as exportações automóveis da UE. As tarifas são impostos - más para as empresas, piores para os consumidores nos EUA e na UE. A UE vai continuar a procurar soluções negociadas, salvaguardando os seus interesses económicos", escreveu Ursula von der Leyen no X.

O primeiro-ministro canadiano também reagiu, com Mark Carney a afirmar que a imposição de tarifas sobre o setor automóvel pelos EUA é um "ataque direto" ao Canadá. 

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