O presidente Barack Obama pediu aos governadores para intercederem sobre o congresso, pressionando-o de forma a evitar um problema económico, provocado pelos cortes automáticos de 85.000 milhões de dólares, cerca de 64.300 milhões de euros em gastos federais que entrarão em vigor na próxima sexta-feira, caso os legisladores nao cheguem a acordo, e segundo noticia o “El País”.

“Partilhamos a responsabilidade de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar a crescer a economia e criar bons empregos para a classe média”, disse na segunda-feira Barack Obama, na Casa Branca, durante um almoço com a associação nacional de governadores. “Espero que falem com o Congresso e lhes deixem claro o que está em jogo e quem está em risco”.

Depois de uma semana de férias, o congresso regressou às suas sessões a quatro dias do prazo limite para que se comecem a aplicar os cortes automáticos. O presidente insistiu que os cortes supõem que haverá menos professores, menos assistência na saúde e menos segurança. O Departamento de Estado, por exemplo, sofrerá um corte de 650 milhões de dólares.

Contudo, Obama recordou os presentes que estes cortes podem não avançar. “O congresso pode parar em qualquer momento se chegar a um acordo, por mais pequeno que seja”.

Obama propõe evitar a aplicação de cortes com uma reforma do sistema de impostos que contribuiria para a redução do défice, sem impedir o desenvolvimento de programas de financiamento público. O presidente insistiu que, na situação actual, a solução passa por uma reforma nos impostos, cujos erros permitem aos mais ricos evitar pagar mais, colocando o peso do país nas costas da classe média.