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"Mãe de todas as bombas" matou 36 combatentes do Estado Islâmico

Os números são do governo afegão, que descarta a possibilidade de existência de vítimas civis.

Reuters
14 de Abril de 2017 às 09:25
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A bomba GBU-43 lançada pelos EUA esta quinta-feira, 13 de Abril, no leste do Afeganistão destruiu uma rede de túneis utilizada pelo Estado Islâmico e causou a morte de pelo menos 36 combatentes daquele grupo radical, informou o governo afegão.


"Na sequência do bombardeamento, esconderijos estratégicos do Daesh (sigla em árabe para Estado Islâmico) e uma rede de túneis foram destruídos, e 36 combatentes do Estado Islâmico mortos", disse o Ministério da Defesa em comunicado.


As autoridades afegãs descartaram a possibilidade de vítimas civis, segundo a AFP.

Na zona atingida, na província de Nangarhar, que fica próxima da fronteira com o Paquistão, existe alegadamente uma rede de túneis que estariam a ser usadas por elementos do Daesh. 

A "mãe de todas as bombas"

A GBU-43 (ou MOAB - Massive Ordnance Air Blast) é uma bomba convencional não nuclear desenvolvida pelo exército norte-americano.

Trata-se de uma bomba com um comprimento de 9,2 metros e um diâmetro de um metro, pesando 9,5 toneladas, dos quais 8,4 toneladas são explosivos de alta potência.

 

O diâmetro da explosão provocada por esta bomba atinge os 1,4 quilómetros e a destruição na zona de impacto provocada pela onda de choque é capaz de alcançar uma distância de 1,5 quilómetros do epicentro.

 

A bomba foi lançada esta quinta-feira pela primeira vez em combate, uma vez que até agora apenas foi sujeita a testes, o primeiro dos quais em 2003 na Base da Força Aérea Englin, na Flórida. Um outro teste foi realizado a 21 de Novembro do mesmo ano.

 

Uma das principais características desta bomba, a capacidade de atingir grandes profundidades e destruir construções, como túneis, esteve na origem da escolha.

 

A bomba GBU-43 consegue atingir túneis com grande precisão, tendo sido esta a razão da sua escolha, já que, segundo o general John W. Nicholson, comandante das forças norte-americanas no Afeganistão, os jihadistas têm estado a trabalhar em defesas subterrâneas em bunkers.

 

Esta bomba não nuclear é considerada a segunda mais poderosa, só ultrapassada pelo artefacto explosivo russo FOAB, conhecido como "o pai de todas as bombas".

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