O índice de preços das despesas pessoais de consumo (PCE) dos Estados Unidos registou um aumento de 0,3% em fevereiro, quando comparado com o primeiro mês do ano. Em termos homólogos, o crescimento cifrou-se em 2,5%, revelou esta sexta-feira o Gabinete de Análise Económica (BEA) norte-americano. A subida ficou em linha com o estimado pelos economistas. 

No entanto, o índice PCE "core" registou um aumento acima do esperado. Este medidor da inflação que excluí os preços mais voláteis acelerou 0,4% em cadeira e 2,8% face a fevereiro de 2024, quando as previsões do mercado apontavam para um crescimento de apenas 0,3% face ao primeiro mês do ano e de 2,7% em termos homólogos.

Em janeiro, o PCE aumentou 0,3% em cadeia e 2,5% em termos homólogos. Excluindo os preços de alimentos e energia, o índice de preços PCE subiu 0,3% face a dezembro e 2,6% em relação a janeiro de 2024.

Com o PCE a mostrar grande resiliência e a inflação "core" a voltar a subir, os argumentos para a Reserva Federal (Fed) cortar nos juros a uma intensidade superior à que foi apresentada no "dot plot" da última reunião começam a cair por terra. Os responsáveis do banco central sinalizaram um corte de 50 pontos-base dos juros diretores em 2025. 

Numa primeira reação a estes dados, os futuros dos principais índices norte-americanos agravaram as perdas, com os investidores cada vez menos otimistas com o trajeto que a inflação nos EUA está a adotar.