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Empresas portuguesas "têm que ter muita atenção" às eleições nos Estados Unidos
O alerta é do ex-secretário de Estado, Bernardo Ivo Cruz, em entrevista ao Negócios e à Antena 1. "Não vamos, obviamente, renegar nem afastar um dos nossos principais parceiros, mas podemos esperar pelo melhor e prepararmo-nos para o pior", argumenta.
As empresas portuguesas devem preparar-se para o impacto económico de uma eventual vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas de dia 5 de novembro. O alerta é do ex-secretário de Estado da Internacionalização e atual professor convidado na Universidade Católica, Bernardo Ivo Cruz, em entrevista ao Negócios e à Antena 1.
"Espero que a Europa já esteja a preparar [para uma vitória de Donald Trump]", diz Bernardo Ivo Cruz. "Não vamos, obviamente, renegar nem afastar um dos nossos principais parceiros, sem o qual dificilmente se consegue gerir o mundo de uma forma multilateral e com base no direito, etc. Mas nós podemos, como se costuma dizer, esperar pelo melhor, mas prepararmo-nos para o pior".
O ex-secretário de Estado sublinha que a Europa não se pode esperar até se saber ao certo quem será vencedor para tomar decisões, até porque se antevê "um longo processo com tribunais, advogados, recontagens, queixas, culpas e angústias" até serem oficializados os resultados eleitorais. Nesse plano prospetivo que terá de ser feito a nível europeu, considera que "Portugal pode contribuir".
Já as empresas portuguesas "têm que ter muita atenção", alerta o ex-governante. "Todas as empresas, todas as organizações vão ter que dançar ao tom da música que sair do Washington. Mas era bom que se preparassem melhor do que nos preparámos coletivamente para o Brexit", sublinha.