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Fitch vê Angola a crescer 1,7% este ano e 3,3% em 2022

A consultora Fitch Solutions considerou esta quinta-feira que Angola deverá crescer 1,7% este ano e 3,3% em 2022, antecipando um abrandamento da inflação para 19,7% este ano e 14,2% no próximo ano.

João Lourenço tem ensaiado aproximações à Europa e também aos Estados Unidos.
José Coelho/Lusa
06 de Maio de 2021 às 16:03
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"Antevemos que a economia de Angola vá regressar a um crescimento moderado de 1,7% este ano e de 3,3% em 2022, com a redução dos cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo a contribuírem para uma subida da produção e das exportações, apoiando a recuperação económica geral", escreveram os analistas da Fitch Solutions num comentário à evolução do país.

No comentário, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas desta consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings apontaram que a inflação deverá abrandar de 22,2% no ano passado para 19,7% este ano e 14,2% no próximo, antevendo uma estabilização do kwanza, a moeda nacional.

"Acreditamos que isto vai permitir que o Banco Nacional de Angola corte a taxa de juro de referência em 50 pontos base para 15% este ano, e novamente para 14% em 2022", escreveram os analistas.

Sobre a agenda de reformas que tem vindo a ser implementada nos últimos anos, a Fitch Solutions estimou que o ímpeto prossiga, "mantendo-se a continuidade política", mas ainda assim alertaram para vários riscos.

"Dito isto, os riscos de instabilidade social vão continuar elevados a curto prazo, refletindo o crescente descontentamento público com as más condições económicas", frisaram.

Entre os principais riscos identificados pela consultora estão uma eventual queda dos preços do petróleo para além das previsões, "o que colocaria uma pressão maior na taxa de câmbio oficial, aumentando a inflação" e, por outro lado, "uma depreciação excessiva do kwanza, que aumenta o custo da dívida externa e põe em risco a sustentabilidade da dívida".



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