Notícia
Egito pede apoio financeiro do FMI para recuperar economia
O primeiro-ministro egípcio, Moutapha Madbouli, anunciou este domingo que o Governo vai encetar negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para obter ajuda financeira durante um ano para fazer face à recessão provocada pela pandemia da covid-19.
26 de Abril de 2020 às 19:05
"Vamos começar as discussões com o FMI para obter uma assistência financeira e também técnica", afirmou Madbouli, numa conferência de imprensa, no Cairo, sem precisar o montante que será pedido.
Em novembro de 2016, o Egito conseguiu ver aprovado um plano de apoio no valor de 12.000 milhões de dólares (cerca de 10.700 milhões de euros) junto do FMI, cuja última tranche foi disponibilizada em 2019.
Destacando à performance económica egípcia antes do surgimento do novo coronavírus, Madbouli indicou que a recente crise obrigou à paragem dos setores do Turismo e da Aviação Civil, "determinantes para este novo pedido de ajuda internacional".
Em 2019, o Turismo, acabado de sair de uma "convalescença" de vários anos de instabilidade política e de segurança, obteve receitas de quase 13.000 milhões de dólares (quase 10.000 milhões de euros) para a economia egípcia.
Por seu lado, Tarek Amer, governador do Banco Central egípcio, precisou que a pandemia fez cair as reservas internacionais que desceu dos 45.500 milhões de dólares, em fevereiro, para 40.100 milhões de dólares, em março.
O ministro do Plano egípcio, Hala al-Said, estimou já que o Produto Interno Bruto (PIB) do país "atingirá 4,5% em 2020", taxa que "estará entre as melhores do mundo" no contexto da inédita crise.
Após a sublevação popular de 2011, que levou ao fim do regime do então presidente, Hosni Mubarak, a economia egípcia tem conhecido grandes dificuldades para recuperar.
No poder desde 2014, o presidente Abdel Fattah al-Sissi, sob a égide do FMI, tem levado a cabo uma política de austeridade muito impopular com o objetivo de reduzir o défice orçamental do Estado, sobretudo com a redução da subvenção aos combustíveis, eletricidade e produtos de primeira necessidade.
Primeiras vítimas dessas medidas, cerca de um terço dos mais de 33 milhões de egípcios, vivem atualmente no limiar da pobreza.
Em África, a pandemia afeta 52 dos 55 países e territórios de África, com cinco países -- África do Sul, Argélia, Egito, Marrocos e Camarões - a concentrarem cerca de metade das infeções pelo novo coronavírus e mais de dois terços das mortes associadas à doença -- 30.239 casos detetados e 1.374 óbitos.
O Egito regista 4.319 infetados e 307 mortos, a África do Sul conta 4.361 doentes infetados e 86 mortos, enquanto Marrocos totaliza 3.897 casos e 159 vítimas mortais, e os Camarões contabilizam 53 mortos e 1.489 infetados.
O maior número de vítimas mortais regista-se na Argélia: 419 mortos, em 3.256 doentes infetados.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.
Em novembro de 2016, o Egito conseguiu ver aprovado um plano de apoio no valor de 12.000 milhões de dólares (cerca de 10.700 milhões de euros) junto do FMI, cuja última tranche foi disponibilizada em 2019.
Em 2019, o Turismo, acabado de sair de uma "convalescença" de vários anos de instabilidade política e de segurança, obteve receitas de quase 13.000 milhões de dólares (quase 10.000 milhões de euros) para a economia egípcia.
Por seu lado, Tarek Amer, governador do Banco Central egípcio, precisou que a pandemia fez cair as reservas internacionais que desceu dos 45.500 milhões de dólares, em fevereiro, para 40.100 milhões de dólares, em março.
O ministro do Plano egípcio, Hala al-Said, estimou já que o Produto Interno Bruto (PIB) do país "atingirá 4,5% em 2020", taxa que "estará entre as melhores do mundo" no contexto da inédita crise.
Após a sublevação popular de 2011, que levou ao fim do regime do então presidente, Hosni Mubarak, a economia egípcia tem conhecido grandes dificuldades para recuperar.
No poder desde 2014, o presidente Abdel Fattah al-Sissi, sob a égide do FMI, tem levado a cabo uma política de austeridade muito impopular com o objetivo de reduzir o défice orçamental do Estado, sobretudo com a redução da subvenção aos combustíveis, eletricidade e produtos de primeira necessidade.
Primeiras vítimas dessas medidas, cerca de um terço dos mais de 33 milhões de egípcios, vivem atualmente no limiar da pobreza.
Em África, a pandemia afeta 52 dos 55 países e territórios de África, com cinco países -- África do Sul, Argélia, Egito, Marrocos e Camarões - a concentrarem cerca de metade das infeções pelo novo coronavírus e mais de dois terços das mortes associadas à doença -- 30.239 casos detetados e 1.374 óbitos.
O Egito regista 4.319 infetados e 307 mortos, a África do Sul conta 4.361 doentes infetados e 86 mortos, enquanto Marrocos totaliza 3.897 casos e 159 vítimas mortais, e os Camarões contabilizam 53 mortos e 1.489 infetados.
O maior número de vítimas mortais regista-se na Argélia: 419 mortos, em 3.256 doentes infetados.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.