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Angola limita trabalhadores estrangeiros e só paga em kwanzas

José Eduardo dos Santos assinou um decreto presidencial que estabelece novas regras para a contratação de expatriados e a forma de pagamento dos seus salários.

José Eduardo dos Santos é o 7.º Mais Poderoso 2015
José Eduardo dos Santos desce de 3.º para 7.º lugar na lista dos Mais Poderosos. A queda do preço do petróleo, que está a ter fortes impactos na economia angolana, fez com que os investimentos em Portugal provenientes deste país entrassem num período de estagnação. E os existentes, protagonizados pela Sonangol e Isabel dos Santos, por exemplo, registaram uma desvalorização bolsista. Acresce que, no plano interno, José Eduardo dos Santos tem enfrentado contestação e lidado com ela de uma forma desproporcional.
13 de Março de 2017 às 10:02
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As empresas angolanas só vão poder contratar trabalhadores estrangeiros por três anos e durante esse período o pagamento do ordenado terá de ser feito integralmente em kwanzas. As novas regras estão expressas num decreto presidencial assinado a 6 de Março por José Eduardo dos Santos e noticiado esta segunda-feira, 13 de Março pelo Jornal de Angola.

No decreto, estas medidas são justificadas com uma forma de "permitir um tratamento mais equilibrado" entre os trabalhadores estrangeiros e os nacionais e estipula-se que as empresas só poderão contratar "até 30% da mão-de- obra estrangeira não residente".

Em Angola trabalham cerca de 200 mil expatriados portugueses que nos últimos três anos, à semelhança do que acontece com outros estrangeiros, têm enfrentado dificuldades na transferência dos seus salários devido à escassez de divisas que existe no país. Uma situação gerada pela crise económica e financeira que Angola atravessa, em grande parte derivada da queda do preço do petróleo.

O decreto presidencial fixa também que "a remuneração é paga em kwanzas", não devendo os complementos e demais prestações pagas directa ou indirectamente em dinheiro ou espécie, ser superior a 50% sobre o salário base" assim como uma nova modalidade de transferência de divisas. 

A partir de agora, de acordo com o Jornal de Angola, o Banco Nacional de Angola terá a seu cargo a missão de definir os montantes e tectos máximos de transferência de salários para o exterior.
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