Notícia
Angola aumenta apoios às famílias para evitar repetição de protestos violentos
Em entrevista, a ministra das Finanças angolana, Vera Daves de Sousa, revelou que o Governo aumentou os apoios às famílias mais carenciadas e que espera que a inflação continue a rota decrescente que teve uma interrupção em maio.
Depois de cinco pessoas terem morrido em protestos violentos na cidade de Huambo, contra a decisão do governo angolano de cortar nos subsídios de gasolina, a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, anunciou que o Executivo aumentou os apoios às famílias mais carenciadas.
"Estamos a trabalhar arduamente em medidas de mitigação", disse a responsável em entrevista à Bloomberg.
"Aumentámos a quantia financeira para as família mais pobres, especialmente em zonas rurais, e comprometemo-nos com mais dinheiro para o nosso programa de subsídio monetário", explicou. "Estamos também a estabelecer um fundo de emprego", concluiu.
Na mesma entrevista, a ministra adiantou que o país está a começar a ver sinais de maiores pressões inflacionárias, depois da decisão de cortar na subvenção da gasolina, levando o valor quase a duplicar, com o litro a passar de 160 kwanzas para 300 kwanzas.
"Estamos a ver os primeiros sinais deste impacto", disse Vera Daves de Sousa, acrescentando que a política monetária e medidas para prevenir "especulação" de preços devem recolocar a inflação numa "tendência de baixa".
A inflação em Angola, o terceiro maior produtor petrolífero em África, ascendeu a 10,62% em maio, interrompendo a descida que era registada há 15 meses consecutivos. O novo governador, Tiago Dias - que tomou posse esta segunda-feira, espera rever a meta de inflação entre 9% e 11% para o fim de 2023.
O fim do subsídio teve lugar depois de a Nigéria, o maior produtor de crude africano, ter abandonado o seu próprio subsídio, o que levou os preços na bomba a triplicar. Angola acabou por tomar a mesma decisão com o objetivo de aumentar o orçamento e ganhar espaço para investir em setores como educação, saúde e negócios locais, explicou a ministra.
Daves de Sousa que se tornou a primeira mulher a tutelar as Finanças em Angola em 2019, reiterou as suas perspetivas de crescimento da economia de 3% para o presente ano. Apesar da produção de crude angolano estar a diminuir, a responsável permanece "muito positiva" sobre o setor não-petrolífero.
"Estamos confiantes no crescimento de 3% este ano, mas vamos durante os próximos meses como a produção petrolífera vai decorrer", concluiu.
"Estamos a trabalhar arduamente em medidas de mitigação", disse a responsável em entrevista à Bloomberg.
Na mesma entrevista, a ministra adiantou que o país está a começar a ver sinais de maiores pressões inflacionárias, depois da decisão de cortar na subvenção da gasolina, levando o valor quase a duplicar, com o litro a passar de 160 kwanzas para 300 kwanzas.
"Estamos a ver os primeiros sinais deste impacto", disse Vera Daves de Sousa, acrescentando que a política monetária e medidas para prevenir "especulação" de preços devem recolocar a inflação numa "tendência de baixa".
A inflação em Angola, o terceiro maior produtor petrolífero em África, ascendeu a 10,62% em maio, interrompendo a descida que era registada há 15 meses consecutivos. O novo governador, Tiago Dias - que tomou posse esta segunda-feira, espera rever a meta de inflação entre 9% e 11% para o fim de 2023.
O fim do subsídio teve lugar depois de a Nigéria, o maior produtor de crude africano, ter abandonado o seu próprio subsídio, o que levou os preços na bomba a triplicar. Angola acabou por tomar a mesma decisão com o objetivo de aumentar o orçamento e ganhar espaço para investir em setores como educação, saúde e negócios locais, explicou a ministra.
Daves de Sousa que se tornou a primeira mulher a tutelar as Finanças em Angola em 2019, reiterou as suas perspetivas de crescimento da economia de 3% para o presente ano. Apesar da produção de crude angolano estar a diminuir, a responsável permanece "muito positiva" sobre o setor não-petrolífero.
"Estamos confiantes no crescimento de 3% este ano, mas vamos durante os próximos meses como a produção petrolífera vai decorrer", concluiu.