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WSJ: Trump Organization pode ser acusada de crimes fiscais na 5.ª feira

As acusações contra a Trump Organization e o diretor financeiro da empresa, Allen Weisselberg, estão ligadas a evasão fiscal e dizem respeito a benefícios não monetários que a empresa terá concedido aos principais executivos, possivelmente incluindo o uso de apartamentos, carros e propinas escolares, diz o The Wall Street Journal.

30 de Junho de 2021 às 20:03
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A Trump Organization - de Donald Trump, ex-Presidente dos Estados Unidos - e o seu diretor financeiro Allen Weisselberg poderão ser alvo de acusações num tribunal de Nova Iorque na quinta-feira, por alegados crimes fiscais, avançou o The Wall Street Journal (WSJ).

De acordo com o jornal, as acusações contra a Trump Organization e o diretor financeiro da empresa, Allen Weisselberg, estão ligadas a evasão fiscal e dizem respeito a benefícios não monetários que a empresa terá concedido aos principais executivos, possivelmente incluindo o uso de apartamentos, carros e propinas escolares.

A organização inclui centenas de empresas ligadas a Donald Trump ou aos seus próximos, incluindo hotéis, empresas imobiliárias e campos de golfe.

De acordo com fontes anónimas citadas pelo WSJ, os suspeitos devem comparecer perante um juiz na tarde de quinta-feira.

Trump não estará entre os arguidos, segundo o advogado, mas é esperada a presença de Weisselberg, considerado uma "figura-chave" na empresa, a que os procuradores têm tentado convencer a cooperar com a Justiça.

As acusações serão as primeiras decorrentes de investigações sobre a Trump Organization iniciadas há três anos e lideradas pelo procurador distrital de Manhattan, Cyrus Vance Jr..

Provas como registos fiscais, outros documentos e transcrição de entrevistas com testemunhas serão avaliadas por um júri, que já foi criado.

Cyrus Vance abriu uma investigação em 2018 que inicialmente se centrou nos pagamentos feitos antes das eleições presidenciais de 2016 a duas supostas amantes do multimilionário republicano e que depois se expandiu para incluir alegações de fraude fiscal, fraude de seguros ou fraude bancária.

Em 25 de fevereiro deste ano, Cyrus Vance obteve as declarações fiscais de Donald Trump dos últimos oito anos, depois de o Supremo Tribunal ter rejeitado um recurso do ex-Presidente dos EUA.

Em 19 de maio, a procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, declarou que a Trump Organization já era alvo de inquérito penal, uma evolução do inquérito civil que já estava em andamento.

Segundo a procuradora-geral de Nova Iorque, dois advogados da sua equipa iriam ser designados para trabalhar com Vance na investigação criminal à empresa.

Trump renunciou à gestão diária da empresa enquanto estava na Casa Branca, entre 2017 e janeiro deste ano, mas continuou a ser proprietário através de um fundo administrado pelos seus filhos e Weisselberg.

Donald Trump, do partido Republicano, negou sempre qualquer irregularidade e queixou-se repetidamente de as investigações serem "perseguição política" e "caça às bruxas".

Num comunicado divulgado na segunda-feira, Trump defendeu que as ações da empresa eram "práticas padrão em toda a comunidade empresarial dos EUA" e não representavam crimes, "de forma alguma".

No mesmo comunicado, Trump queixa-se de tratamento "rude, desagradável e totalmente tendencioso" dado aos seus advogados, representantes e funcionários por parte do escritório de Vance.

 
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